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Oito mulheres e quatro homens, entre 20 e 79 anos, serão os jurados; oito suplentes estão em fase de triagem
Júri do caso Michael Jackson é definido
LUCIANA COELHO
DE NOVA YORK
Os jurados que atuarão no julgamento do cantor pop Michael
Jackson foram definidos, anunciou ontem o juiz Rodney Melville, que preside o caso. Caberá a
um grupo de oito mulheres e quatro homens, cujas idades vão de
20 a 79 anos, decidir se o artista é
ou não culpado de molestar sexualmente um menino de 13 anos
em 2003.
Depois que Melville limitou o
tempo de sabatina dos candidatos
a jurados, a seleção acabou antes
do esperado. Defesa e acusação
fazem agora a triagem dos pré-candidatos para preencher oito
vagas de suplentes, e, se os trâmites prosseguirem normalmente, o
julgamento propriamente dito
deve começar na próxima semana, com a apresentação do caso
pela promotoria.
Analistas afirmam que o caso
contra Jackson, 46, pode se estender por até seis meses. O processo,
apelidado pela imprensa local como "o julgamento do século", teve início no último dia 31, e desde
então sofreu duas interrupções
-a primeira devido à morte da
irmã do líder da defesa, Thomas
Mesereau, e a segunda na semana
passada, quando o cantor foi internado com gripe.
Brancos e hispânicos
As primeiras informações sobre
o júri dão conta de que são sete
brancos não-hispânicos, três hispânicos e um asiático. Fontes diferentes referem-se ao 12º membro como branco e como hispânico. "Nenhum dos jurados escolhidos é afro-americano, apesar do
esforço dos advogados de defesa
para garantir pelo menos um jurado negro no painel", afirma o
site oficial do cantor.
Segundo a agência France Presse, uma mulher negra pré-selecionada como suplente disse que duvidava de que o cantor fosse ter
um julgamento imparcial. "Como
ele pode ter um julgamento imparcial se até o ex-delegado de
Santa Bárbara aparece na TV chamando-o de molestador de crianças?", indagou ela.
Entre os jurados descritos no site de Jackson estão uma mulher
cujo neto tem ficha na polícia por
agressão sexual, uma mulher que
se diz parente do piloto de um dos
aviões seqüestrados no 11 de Setembro, um rapaz de 20 anos que
se declarou fã do desenho animado "Os Simpsons" e um fã de música country.
Indagado se reconhecia alguém
na extensa lista de celebridades
que devem testemunhar contra e
a favor do cantor, um dos jurados
afirmou que o guru da auto-ajuda
Deepak Chopra era um rapper.
Outro candidato a jurado, um ex-militar, afirmou que "não conhecia muito bem as músicas" de
Jackson. "Mas com certeza eu
gosto dos filmes dele", afirmou. O
cantor, que estava presente o tempo todo durante a seleção, olhou
para o homem e sorriu.
Na véspera, uma candidata pedira dispensa do caso porque se
declarava uma leitora contumaz
de notícias de celebridade e julgamentos famosos, afirmando que
isso poderia prejudicar sua percepção do caso.
Pedidos
Encerrada a escolha dos jurados, Melville terá de deliberar sobre uma série de pedidos e moções de ambos os lados. A defesa,
por exemplo, quer ter autorização
para usar como prova o histórico
de abertura de processos da família da suposta vítima, a fim de retratá-la como "acusadores profissionais".
Em 1999, a família abriu um
processo contra uma loja de departamento que incluía uma
queixa de agressão sexual e culminou em um acordo de US$ 150 mil
(cerca de R$ 387 mil).
Com agências internacionais
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