|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CINEMA
Ciclo reúne produções que abordam conflitos do século 20, desde a Primeira Guerra ao massacre na Somália
Maratona de filmes diz "não à guerra"
SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO
O protesto contra a guerra entre
EUA e Iraque sai das ruas e vai para as telas de cinema a partir de
hoje com o ciclo-relâmpago "Não
à Guerra" (veja a programação
completa ao lado).
Idéia do Centro Cultural São
Paulo, a mostra exibe sete filmes e
pretende estabelecer relações entre o corrente conflito e batalhas
anteriores do século 20.
Já às 9h, a maratona começa
com o primeiro grande conflito
do século passado, a Primeira
Guerra, com "Johnny Vai à Guerra". Drama antibélico, é centrado
em um aspecto pós-conflito, ao
retratar um ex-soldado preso à
condição de inválido devido às
consequências do front.
Na outra ponta cronológica está
"Falcão Negro em Perigo", focado
em uma carnificina hoje quase esquecida, a guerra civil que destroçou a Somália nos anos 90.
O ponto central é uma malfadada incursão -que realmente
ocorreu- do Exército norte-americano em uma área hostil da
capital Mogadício. O filme rachou
a crítica internacional; uns o consideraram uma patriotada, outros, o registro de que nem sempre tudo acaba bem para os EUA.
Entre os clássicos está "Apocalypse Now Redux", a versão
ampliada em 53 minutos do épico
dirigido por Francis Ford Coppola em 1979. Aqui é retratado o dilaceramento da lucidez em meio à
guerra, no caso uma que custou
caro aos norte-americanos, a do
Vietnã. A "mexida" que Coppola
deu em sua obra, que poderia ser
considerada arriscada, teve ampla
aprovação em seu lançamento.
Stanley Kubrick comparece
com "Dr. Fantástico", sobre um
militar dos EUA que, em sua insanidade, insiste em atacar o inimigo, colocando o mundo sob risco
de desaparecer. É a lembrança do
cineasta a respeito do que poderia
acontecer quando há lunáticos no
comando.
Completam a mostra os filmes
"Paisà" (1946), "Além da Linha
Vermelha" (1998) -que se passam durante a Segunda Guerra
Mundial- e a comédia dramática "M*A*S*H*" (1970) -que se
tornaria série de TV-, sobre a
Guerra da Coréia.
Texto Anterior: Análise: Redes de TV ignoram apelo popular Próximo Texto: Nelson Ascher: A guerra dos números Índice
|