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Jamiroquai promete inovar em show em SP
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Há 14 anos, quando estourou no
cenário pop, a banda inglesa Jamiroquai foi aclamada por fazer
uma atraente mistura de funk,
soul, jazz e pop, apimentada pela
performance do vocalista Jay Kay,
na época apontado como a versão
branca de Stevie Wonder.
Seis discos e cerca de 20 milhões
de álbuns vendidos desde sua estréia com "Emergency on Planet
Earth" (1993), a fórmula do grupo
se tornou desgastada, mas continua arrebatando milhares de fãs,
como provam os 7.000 ingressos
vendidos para o show de hoje, em
São Paulo. Para amanhã, no Rio,
ainda há entradas.
O combo de Jay Kay vem pela
terceira vez ao país mostrar seu
trabalho mais recente, "Dynamite", disco lançado em 2005 que
tem pelo menos uma faixa conhecida por muita gente: a fofinha
"Seven Days in Sunny June", da
trilha da novela "Belíssima".
No álbum, Jay Kay, 37, repete
tudo o que lhe deu fama e dinheiro para comprar todos aqueles
chapéus esquisitos e carrões que
ele costuma exibir sempre que
pode -como no encarte do CD.
Estão lá ritmos como soul e
funk, embalados por efeitos eletrônicos e grooves que tornam algumas músicas irresistivelmente
dançantes, como a faixa-título.
São algumas dessas novidades
que Jay Kay promete mostrar.
"Vamos fazer um show totalmente diferente dos anteriores no Brasil", disse o vocalista à Folha.
"Com exceção do percussionista
[Sola Akingbola] e do baterista
[Derrick McKenzie], a banda é
completamente diferente. Vamos
tocar músicas do novo álbum e algumas antigas também."
Entre as antigüidades, deverão
estar "Space Cowboy", "Virtual
Insanity" e "When You Gonna
Learn", dos três primeiros CDs.
Foi com esses hits que a banda incendiou o antigo Palace (Citibank
Hall), em 1997, quando tocou pela
primeira vez em São Paulo.
"As duas vezes que estivemos
no Brasil foram ótimas", lembra.
"Seu país é um lugar especial. Tenho memórias divertidas."
Engajados
No intervalo de quatro anos entre "A Funk Odyssey", de 2001, e
"Dynamite", o cantor teve tempo
de compor longas letras, que tratam de dias ensolarados, garotas
"dinamite", carros e dos temas
engajados que marcaram a primeira fase de sua carreira e que
agora aparecem mais de leve. Em
"(Don't) Give Hate a Chance",
por exemplo, Jay Kay faz uma referência ao hino hippie "Give Peace a Chance", de John Lennon.
"[Essa música] é inspirada no tipo de máquinas de guerra que somos", diz Jay Kay. "As pessoas se
odeiam porque pensam que algumas são diferentes das outras."
As referências para "Dynamite", diz, vieram de bandas como
LCD Soundsystem e Sex Pistols.
"Não há uma influência musical
particular", afirma Jay Kay.
Certo é que Stevie Wonder continua sendo uma delas. "Claro
que ele é uma grande influência,
mas não acredito que [meu vocal]
seja parecido com o dele", fala.
Se o público der sorte, Jay Kay
poderá mostrar algumas coisas
que está escrevendo para o CD de
"Greatest Hits", que sai em 2006.
Jamiroquai
Quando: hoje, às 22h, no Credicard Hall
(av. Nações Unidas, 17.955, Santo
Amaro, tel. 0/xx/11/6846-6000;
ingressos esgotados); sáb., às 22h30, no
Claro Hall (av. Ayrton Senna, 3.000, Barra
da Tijuca, tel. 0/xx/21/2156-7300; R$ 120
a R$ 200)
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