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Artista gostava do Brasil e inspirou peças
DA REPORTAGEM LOCAL
Em entrevista à Folha,
seis meses antes de morrer
(em janeiro de 2005, vítima
de complicações de uma cirurgia no coração), Will Eisner reafirmou enfaticamente seu apreço pelo Brasil e
sua vontade de retornar.
"Seu país sempre foi muito
importante para mim. É a
minha segunda casa", disse.
De fato, a relação entre
Eisner e o Brasil vinha de
longe. Em 1987, o criador de
"Spirit" foi convidado para
vir a São Paulo para o lançamento da revista. Quatro
anos depois, voltou ao país
para participar da abertura
da Bienal de HQs do Rio de
Janeiro. Em 1994, esteve outra vez em SP para a Comic-Con e, em 2001, passou pelo
Festival de Humor e Quadrinhos de Pernambuco.
Dezoito de suas obras já
foram traduzidas no país e
várias acabaram nos palcos.
Entre as montagens mais famosas, destacam-se a de
"New York por Will Eisner",
de Edson Bueno, em 1990, a
de "Pessoas Invisíveis", em
2002, pela Armazém Cia. de
Teatro, e a dobradinha "Avenida Dropsie" e "Sketchbook", em 2005, pela Sutil
Companhia de Teatro, dirigida por Felipe Hirsch.
Eisner também ganhou
por aqui o documentário
"Will Eisner - Profissão Cartunista" (1999), produzido
por Marisa Furtado e Paulo
Serran e exibido em festivais
e TVs de mais de 36 países.
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