UOL


São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FREI BETTO

O erro de Fidel

Frei Betto, assessor especial de Lula, é tido como um dos melhores amigos brasileiros do ditador cubano Fidel Castro. Anteontem, ele disse à coluna o que pensa de Fidel ter condenado recentemente à morte três pessoas que tentaram fugir de Cuba.
 

Folha - O senhor pensa em se manifestar?
Frei Betto -
Já da outra vez em que isso aconteceu, quando o general Arnaldo Ochoa [ex-comandante do Exército cubano, condenado à morte em 89] foi morto, fiz um manifesto com dom Paulo Evaristo Arns e levei na mão do Fidel. Costumo dizer que se a pena de morte não existisse Cristo não teria morrido na cruz.

Folha - Quando o senhor levou o manifesto ao Fidel, o que ele falou?
Frei Betto -
Ele disse: "Eu me sinto constrangido de ter que fazer isso, mas é uma situação extrema". Mas não me convenceu. Minha amizade com Fidel é uma amizade crítica.

Folha - E agora o senhor vai fazer algo parecido?
Frei Betto -
Estando no governo, não me cabe uma posição individual. Mas quem tem memória sabe o que eu fiz e penso.


Texto Anterior: Eleições argentinas: Favre multinacional
Próximo Texto: "Piratas do Tietê - O Filme": Montagem leva ao palco a fluidez dos quadrinhos
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.