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FREI BETTO
O erro de Fidel
Frei Betto, assessor especial
de Lula, é tido como um dos
melhores amigos brasileiros
do ditador cubano Fidel Castro. Anteontem, ele disse à coluna o que pensa de Fidel ter condenado recentemente à
morte três pessoas que tentaram fugir de Cuba.
Folha - O senhor pensa em se
manifestar?
Frei Betto - Já da outra vez em
que isso aconteceu, quando o
general Arnaldo Ochoa [ex-comandante do Exército cubano,
condenado à morte em 89] foi
morto, fiz um manifesto com
dom Paulo Evaristo Arns e levei na mão do Fidel. Costumo
dizer que se a pena de morte
não existisse Cristo não teria
morrido na cruz.
Folha - Quando o senhor levou
o manifesto ao Fidel, o que ele
falou?
Frei Betto - Ele disse: "Eu me
sinto constrangido de ter que
fazer isso, mas é uma situação
extrema". Mas não me convenceu. Minha amizade com Fidel
é uma amizade crítica.
Folha - E agora o senhor vai fazer algo parecido?
Frei Betto - Estando no governo, não me cabe uma posição
individual. Mas quem tem memória sabe o que eu fiz e penso.
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