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TEATRO
Mostra Universitária do Filo começou anteontem e vai até 3 de maio com 117 grupos inscritos, número recorde
Festival de Londrina debate Brecht, 100
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina
A edição 1998 do Filo (Festival
Internacional de Londrina), que
na sua primeira fase apresenta a
Mostra Regional/ Nacional Universitária, promove um amplo debate sobre a obra do dramaturgo
alemão Bertolt Brecht.
A edição universitária da mostra
começou anteontem e prossegue
até 3 de maio. De 19 a 31 de maio, o
Filo contará com grupos europeus, asiáticos e americanos.
Segundo a reitora em exercício
da UEL (Universidade Estadual de
Londrina) e coordenadora do Filo, Nitis Jacon de Araujo Moreira,
o seminário "Ontem, Hoje e
Amanhã? - Bertolt Brecht 100
anos", em comemoração aos cem
anos de nascimento do dramaturgo, irá mostrar experiências "diferenciadas" com o trabalho do
autor.
Além das companhias selecionadas para a mostra, que teve o recorde de 117 inscrições, a organização do Filo convidou três grupos que trabalham com a metodologia teatral de Brecht.
São eles: a Companhia do Latão,
de São Paulo, que apresenta os espetáculos "Santa Joana dos Matadouros" e "Ensaio sobre o Latão", a Escola de Arte Dramática
da ECA - USP, com a peça
"Baal", e o grupo peruano Yuyachkani, com "Baladas del Bien
Estar".
O grupo Yuyachkani, criado em
1971 em Lima, tem seu trabalho
basicamente voltado às populações da periferia de Lima e do interior peruano, dentro de um perspectiva de teatro de reflexão. É o
único grupo estrangeiro convidado para a fase nacional do festival.
Roberto Lage ("Baal"), Miguel
Rubio (grupo Yuyachkani), Sérgio
de Carvalho e Márcio Marciano
(Companhia do Latão) e Ingrid
Koudela (autora de "Brecht: Um
Jogo de Aprendizagem") serão alguns dos debatedores do seminário.
Além do seminário, a Mostra
Nacional do Filo promove uma
exposição de textos e fotos sobre a
obra brechtiana.
Cada vez mais voltado às artes
cênicas de uma maneira geral, e
não só ao teatro, o Filo apresenta
pelo segundo ano seu encontro de
projetos cênicos. São nove projetos que misturam circo, teatro,
música, capoeira e dança.
Os destaques entre os projetos
selecionados para serem apresentados amanhã e depois são o Circo
do Mundo, desenvolvido em Belo
Horizonte desde 1982, e o Monte
Azul, na periferia paulistana.
A mostra nacional terá ainda, de
27 de abril a 2 de maio, uma oficina sobre a técnica Alexander, com
Elena Castelar, diretora e atriz da
companhia Zotal Teatre, de Barcelona (Espanha).
A técnica Alexander busca ensinar a reeducação e organização do
corpo por meio da auto-observação e da consciência.
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