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Autor se engaja por meio de humanismo sutil
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é com manifestos que
Amós Oz faz seu ativismo
político mais poderoso na
disputa entre Israel e a Palestina. "A arma é a ficção."
Com mais de dez romances publicados, sete deles pela Companhia das Letras no
Brasil, o autor se engaja por
meio de um humanismo sutil. "Chamaria meus romances de metapolíticos, não de
políticos, por promover
complexidade, ambivalência, ironia e, espero, humor."
Seu próximo romance é
assim. "Um Conto de Amor
e Escuridão", com previsão
para sair nos próximos meses por aqui, coloca o holofote nos dramas dos integrantes de uma família judia
em crise. "Como pano de
fundo, há a história da criação de Israel e como foi o
êxodo dos judeus da Europa
e dos países árabes."
À pergunta da Folha sobre
o que estava escrevendo
atualmente, Oz respondeu:
"Sobre isso não quero falar
porque quando estamos
grávidos não podemos expor o bebê a raios-X".
Autobiográfico? "Tudo o
que escrevo é autobiográfico, indireta ou diretamente.
Se for um romance sobre a
história de amor entre Pelé e
Madre Tereza, continuará
sendo assim."
(CEM)
CONTRA O FANATISMO. Autor:
Amós Oz. Editora: Ediouro.
Quanto: R$ 24,90 (108 págs.).
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