São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Autor se engaja por meio de humanismo sutil

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é com manifestos que Amós Oz faz seu ativismo político mais poderoso na disputa entre Israel e a Palestina. "A arma é a ficção."
Com mais de dez romances publicados, sete deles pela Companhia das Letras no Brasil, o autor se engaja por meio de um humanismo sutil. "Chamaria meus romances de metapolíticos, não de políticos, por promover complexidade, ambivalência, ironia e, espero, humor."
Seu próximo romance é assim. "Um Conto de Amor e Escuridão", com previsão para sair nos próximos meses por aqui, coloca o holofote nos dramas dos integrantes de uma família judia em crise. "Como pano de fundo, há a história da criação de Israel e como foi o êxodo dos judeus da Europa e dos países árabes."
À pergunta da Folha sobre o que estava escrevendo atualmente, Oz respondeu: "Sobre isso não quero falar porque quando estamos grávidos não podemos expor o bebê a raios-X".
Autobiográfico? "Tudo o que escrevo é autobiográfico, indireta ou diretamente. Se for um romance sobre a história de amor entre Pelé e Madre Tereza, continuará sendo assim." (CEM)


CONTRA O FANATISMO. Autor: Amós Oz. Editora: Ediouro. Quanto: R$ 24,90 (108 págs.).



Texto Anterior: Estado - violência
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.