São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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crítica

Filme exagera nos efeitos e causa tédio

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

Q uando chegou aos cinemas em 2003, "Piratas do Caribe" bateu recordes de bilheteria ao cativar um público ávido pelas mirabolantes aventuras do capitão Jack Sparrow. A origem do projeto era uma atração dos parques da Disney, e sua versão fílmica parecia recuperar o prazer do puro entretenimento de um gênero popular na Hollywood clássica. Para explorar melhor as possibilidades da franquia, no ano passado a Disney lançou uma continuação.
Os problemas da segunda parte, porém, só se agravam em "Piratas do Caribe - No Fim do Mundo". Enquanto parte do charme do primeiro consistia em criar uma história aventuresca, capitaneada pela extravagância de Sparrow, o filme seguinte passou para os efeitos visuais o papel de manter a octanagem do show. Neste terceiro capítulo, a opção se acentua, com um fiapo de história que não justifica a longuíssima duração (168 minutos). Os desdobramentos do romance entre Elizabeth e Will e o retorno de Sparrow são inutilmente estendidos para sustentar cenas intermináveis, cujo único valor consiste na magnitude dos efeitos.
Como tudo que é demais enjoa, a sucessão de ataques, saltos, fugas e transformações provoca a impressão de "déjà-vu". Sem oferecer maior interesse pela narrativa, "Piratas" gera o que menos se espera de uma aventura: tédio.


PIRATAS DO CARIBE - NO FIM DO MUNDO
Direção:
Gore Verbinski
Produção: EUA, 2007
Com: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley Quando a partir de amanhã, no Pátio Higienópolis, shopping metrô Santa Cruz e circuito
Avaliação: regular



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