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Crítica
"Exterminador" mostra Cameron genial
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "Fabricando Tom Zé",
documentário de Decio Matos
Jr., em cartaz nas principais capitais do país, há uma ótima cena em que o músico se destempera com um técnico durante a
passagem de som, empurrando-o para fora do palco. Estamos no Festival de Montreaux,
e Tom Zé, gênio absoluto, quer
a perfeição.
Assim como ele, o norte-americano James Cameron é
outro perfeccionista que impôs
seu rigor em terra estrangeira.
Na continuação "Aliens - O
Resgate", seu terceiro longa, ele
foi à Europa para assumir a direção de um projeto originariamente inglês (o primeiro
"Alien" é do britânico Ridley
Scott). Cameron comandou a
equipe local como um general
espartano, abolindo inclusive o
sagrado chá das cinco.
É fato que aquele grupo não o
quer ver pela frente, mas Cameron fizera um belíssimo filme. Tão bom quanto "O Exterminador do Futuro" (Telecine Action, 15h), que é quase
uma obra-prima da ficção científica, e dos melhores trabalhos
de Arnold Schwarzenegger,
que, aqui, tem seu corpo e queixo de pedra honrados pelas
imagens deste clássico B.
Tom Zé, com sua música em
"Jogos de Armar", "Com Defeito de Fabricação" ou "Estudando o Samba". James Cameron,
com suas imagens em "Titanic"
e "O Segredo do Abismo", ambas criadas sob arremessos do
palco, iconoclastias, violências.
Pouco importa: não existe excesso quando se está no exercício da genialidade.
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