São Paulo, terça-feira, 24 de julho de 2007

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Crítica

"Exterminador" mostra Cameron genial

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em "Fabricando Tom Zé", documentário de Decio Matos Jr., em cartaz nas principais capitais do país, há uma ótima cena em que o músico se destempera com um técnico durante a passagem de som, empurrando-o para fora do palco. Estamos no Festival de Montreaux, e Tom Zé, gênio absoluto, quer a perfeição.
Assim como ele, o norte-americano James Cameron é outro perfeccionista que impôs seu rigor em terra estrangeira.
Na continuação "Aliens - O Resgate", seu terceiro longa, ele foi à Europa para assumir a direção de um projeto originariamente inglês (o primeiro "Alien" é do britânico Ridley Scott). Cameron comandou a equipe local como um general espartano, abolindo inclusive o sagrado chá das cinco.
É fato que aquele grupo não o quer ver pela frente, mas Cameron fizera um belíssimo filme. Tão bom quanto "O Exterminador do Futuro" (Telecine Action, 15h), que é quase uma obra-prima da ficção científica, e dos melhores trabalhos de Arnold Schwarzenegger, que, aqui, tem seu corpo e queixo de pedra honrados pelas imagens deste clássico B.
Tom Zé, com sua música em "Jogos de Armar", "Com Defeito de Fabricação" ou "Estudando o Samba". James Cameron, com suas imagens em "Titanic" e "O Segredo do Abismo", ambas criadas sob arremessos do palco, iconoclastias, violências. Pouco importa: não existe excesso quando se está no exercício da genialidade.


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