São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2001

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Conde era na verdade um príncipe cruel

NA TRANSILVÂNIA (ROMÊNIA)

Ele não era conde, não vivia na Transilvânia e tampouco saía mordendo jugulares por onde passava. Pior. Seu hobby era a empalação, uma tortura que consiste em espetar o inimigo em uma estaca pelo ânus ou abdômen, deixando-o assim até morrer. Levava até dois dias para o fim do martírio.
Pouco se sabe do príncipe Vlad Tepes, personagem histórico da Romênia do século 15 que teria inspirado Bram Stoker na criação de seu mais ilustre ser, o conde Drácula.
Mesmo assim, todo ano ele serve de motivo para discussões em um encontro na cidade de Sighisoara, na Transilvânia.
Diz a lenda que ele teria morado apenas por poucos anos nessa região. Sua área de atuação era outro local, a Valáquia.
Segundo a canadense Elizabeth Miller, autora de uma série de livros sobre a obra de Stoker, a conexão entre o personagem e o verdadeiro Drácula, como também era conhecido Vlad, é pura especulação.
"Não há dúvidas de onde Stoker tirou esse nome. De acordo com suas anotações, ele esbarrou em um livro sobre os principados da região que dizia que Drácula, no dialeto da Valáquia, significava Diabo. Misturando isso a outras fontes de pesquisa, Stoker criou o personagem", desvenda Miller.
(LEANDRO FORTINO)


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