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RUÍDO
OMB na berlinda
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Esquenta a guerra entre a Ordem dos Músicos do Brasil
(OMB) e a classe musical. Buscando representar a segunda
facção, o deputado federal Dr.
Rosinha (PT-PR) conseguiu colocar na pauta de votação da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da
Câmara um projeto de lei que
propõe a extinção da OMB.
"Sem entrar no mérito da má
gestão e da ausência de atuação
na defesa da ética e da boa música, entendo que o exercício da
atividade de músico não necessita de uma ordem. A música
para muitos é um dom natural.
Que ética pode ferir aquele que
tem profissão e não vive de música, mas toca e canta em festas e
bares por diletantismo? Para a
OMB ele é criminoso e está incorrendo em contravenção",
posiciona-se o deputado.
De seu lado, o presidente da
OMB, Wilson Sândoli, 69, ataca:
"Esse deputado quer é fazer
campanha política para pegar
voto. Não tem cabimento, o projeto diz que os bens da OMB deverão ir para a União, mas tudo
que temos foi comprado com
dinheiro da classe musical, não
da União".
"Acabando a ordem, vem estrangeiro, acaba tudo. A OMB
funciona perfeitamente, se há algo errado não foi feito por
mim", diz Sândoli, que preside a
instituição há 36 anos. "Comprei três andares para a nova sede, tudo pago pela ordem. Agora é a pior fase da classe musical
brasileira, por isso luto em Brasília pela volta dos cassinos. É jogo, mas era um campo de trabalho para músicos, o que se vai fazer?", pergunta.
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