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RUÍDO
Sony BMG já define diretores regionais
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Acelera-se o processo de fusão
entre as grandes gravadoras
BMG e Sony, com o anúncio de
quatro presidentes regionais da
nova "Sony BMG Music Entertainment". A direção da Sony
BMG Latina ficará a cargo de
Frank Welzer, que já acumulava
a presidência latino-americana
da Sony Music e a presidência
interina da Sony brasileira.
Oriundo da BMG britânica,
Tim Bowen, escolhido para presidir a nova corporação no Reino Unido, Canadá, Austrália,
Nova Zelândia e África do Sul, já
anunciou os novos presidentes
das filiais britânica e australiana/neozelandesa, ambos egressos dos quadros da Sony.
Aqui, apesar dos indícios a
princípio favoráveis à Sony, as
duas gravadoras ainda vivem a
expectativa sobre quem comandará a filial brasileira.
"O processo da fusão ainda
aguarda aprovação do Cade
(Conselho Administrativo de
Defesa Econômica) no Brasil",
afirma o presidente da BMG,
Luiz Oscar Niemeyer, que completa: "As operações da BMG
Brasil transcorrem dentro da
normalidade.Não há qualquer
preparação prévia para a fusão".
O vice-presidente artístico, de
marketing e vendas da Sony
brasileira, Alexandre Schiavo,
não alimenta especulações de
que Welzer seria efetivado presidente local do novo conglomerado. "A Sony BMG Enterteinment declarou que o processo
de fusão deve estar completo até
junho de 2005", diz.
O NÃO-LANÇAMENTO
A EMI segue sem dar importância aos polpudos anos
70 de Marcos Valle, que forneceriam agudo referencial
de comparação entre os patriotismos e patriotadas da
ditadura e os de agora, do
Brasil lulista. Sufocado (ou
afogado, como sugeria a capa), "Previsão do Tempo"
(73) foi seu auge de tensão e
intensidade. "Samba Fatal"
lamentava o suicídio do poeta tropicalista Torquato Neto (1944-72), sem citar seu
nome. As hippies "Nem Paletó, Nem Gravata" e "Mentira" (recém-resgatada por
Marcelo D2) metiam o pé na
canela do sistema. "Não
Tem Nada, Não" (parceria
com João Donato e Eumir
Deodato) flertava com o escapismo anestesiado do desbunde. "Flamengo Até Morrer" pisava nas brechas da
censura para tentar criticar o
governo Médici -confusa,
foi entendida como o contrário, um hino ufanista.
SEM PARAR
Segundo Alexandre Schiavo,
a indefinição não afeta a Sony:
"Contratamos Vinimax e Belo,
temos novos de Br'Oz, Vanessa
da Mata, Marcelo D2, Cidade
Negra, KLB e Pique Novo,
estão em estúdio Araketu,
Emmerson Nogueira, Roberto
Carlos, Zezé di Camargo &
Luciano e Keops & Raony". Da
BMG, diz Luiz Oscar
Niemeyer: "A rotina segue
normal, de acordo com o
planejado para este ano".
Ainda faltam sair em 2004 Luiz
Cláudio & Giuliano, Fábio Jr.,
Chiclete com Banana, Lenine e
Bruno & Marrone.
WARNER SEM CAPONE
A Warner diz que não
definirá por enquanto novo
diretor artístico, em
substituição a Tom Capone,
morto num acidente. "Todos
os nossos projetos estão
finalizados até dezembro.
Provavelmente só em janeiro
começaremos a trabalhar neste
sentido", diz o diretor de
marketing, Marcelo Maia.
BARÃO SEM CAPONE
Quanto ao Barão Vermelho,
com que Capone vinha
trabalhando, Maia afirma:
"Frejat e o engenheiro de som
Alvaro Alencar estão mixando
o CD, que estava 80% pronto".
Fala Frejat: "Estamos
finalizando dolorosamente.
Queremos fazer uma coisa de
que ele se sentisse orgulhoso".
psanches@folhasp.com.br
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