São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2004 |
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Donos do Brasil Raimundo Fagner privilegia o amor à arte e lança "Donos do Brasil", sucedendo o belo disco com Zeca Baleiro por outro trabalho dedicado a composições e gravações inéditas. O efeito positivo do trabalho com o colega mais novo se faz sentir no novo esforço particular, que deixa para trás o pico de excessos radiofônicos e populistas nos anos 80 (sobretudo) e 90. Não chega a matar saudade da fagulha criativa dos primeiros anos de Fagner, da aspereza de "Cebola Cortada" (77), "Revelação" (78) e "Quem Me Levará Sou Eu" (78). Mas encontra força (não totalmente expressada em arranjos às vezes ainda voltados demais ao romantismo) renovada em parcerias com o poeta também cearense Francisco Carvalho ("O Bicho Homem" e a triste e bela "Reino") ou com Capinan ("Nome de Estrela"). Nota divertida é a volta de sua "Ressurreição", antes lançada por Agnaldo Timóteo. Nota desnecessária é a volta de "Dezembros", do disco com Baleiro. (PAS) ARTISTA: RAIMUNDO FAGNER; GRAVADORA: INDIE; QUANTO: R$ 30, EM MÉDIA. Texto Anterior: Quatro Letras Próximo Texto: The DEFinition Índice |
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