|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Clint Eastwood discute o valor da representação
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"A Conquista da Honra"
(HBO, 23h10; não recomendado para menores de 12 anos) é
um filme sobre uma foto e os
homens que nela estiveram.
A foto foi tirada em Iwo Jima, após a batalha, uma das
mais duras e célebres da Segunda Guerra. Nela, um grupo
de soldados ergue a bandeira
americana, pela primeira vez,
em solo japonês. Impressionante, a foto teve enorme repercussão e foi decisiva para a
maneira como os próprios norte-americanos viam a guerra.
Graças a ela, arrecadou-se muito dinheiro -e isso não foi um
detalhe na história.
Mas a foto, que tanto afetou a
realidade, não era senão uma
representação, uma reconstituição do fato. Ora, pode a representação valer mais do que
o fato? Pode substituir o fato
real? Pode, por fim, ser mais
real do que a própria realidade?
Esse é um aspecto que parece fascinar Clint Eastwood, e
não apenas neste filme (ver
"Crime Verdadeiro"). Mas
existe outro, também vital para
o filme. Diz respeito aos soldados que ergueram a bandeira.
Texto Anterior: Moda: GNT Fashion visita semana nova-iorquina Próximo Texto: Resumo das novelas Índice
|