São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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Crítica

Clint Eastwood discute o valor da representação

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"A Conquista da Honra" (HBO, 23h10; não recomendado para menores de 12 anos) é um filme sobre uma foto e os homens que nela estiveram.
A foto foi tirada em Iwo Jima, após a batalha, uma das mais duras e célebres da Segunda Guerra. Nela, um grupo de soldados ergue a bandeira americana, pela primeira vez, em solo japonês. Impressionante, a foto teve enorme repercussão e foi decisiva para a maneira como os próprios norte-americanos viam a guerra. Graças a ela, arrecadou-se muito dinheiro -e isso não foi um detalhe na história.
Mas a foto, que tanto afetou a realidade, não era senão uma representação, uma reconstituição do fato. Ora, pode a representação valer mais do que o fato? Pode substituir o fato real? Pode, por fim, ser mais real do que a própria realidade?
Esse é um aspecto que parece fascinar Clint Eastwood, e não apenas neste filme (ver "Crime Verdadeiro"). Mas existe outro, também vital para o filme. Diz respeito aos soldados que ergueram a bandeira.


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