São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2011

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televisão

'CSI' melhora e 'SVU' fica igual com troca de atores

Ted Danson traz leveza para série policial; 'Law & Order' mantém clima

Em 'The Office', James Spader ainda busca seu espaço após a saída de Steve Carell e sofre com falta de carisma


LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

A entrada de Ashton Kutcher em "Two and a Half Men" deu o pontapé inicial a uma leva de troca de protagonistas nas séries americanas, que lançaram nesta semana novas temporadas.
Kutcher substituiu o misógino Charlie Sheen. Sem o mesmo charme, sarcasmo e acidez, o ricaço Walden Schmidt ganhou duas garotas com a máxima de que as mulheres gostam de homens chorões -o corpão e uma bela grana não atrapalharam.
A diferença é que Charlie ganhava as coisas na lábia, como um belo mau-caráter, e Walden parece contar apenas com golpes de sorte. Pelo menos no primeiro episódio -que a Warner brasileira promete para 9/11-, não colou.
"The Office" ganhou um chefe novo. James Spader é Robert California: bravo e competitivo, não gosta de se misturar com subalternos.
A divisão numa lista dos empregados movimenta a oitava temporada. Mas o episódio acaba no anticlímax de uma discussão motivacional.
Robert é bem diferente do chefe vivido por Steve Carell, que sempre tentava agradar, e vai ter de lidar com a falta de carisma do personagem.
Dois dos seriados policiais mais longevos dos EUA, "CSI" e "Law & Order: SVU" tiveram resultados opostos na estreia.
Em Las Vegas, sai o esquemático dr. Langston (Laurence Fishburne) e entra o doidinho D.B. (Ted Danson).
Este vai funcionar como um apaziguador e ótimo negociador numa equipe que já se desestruturou tantas vezes que realmente precisa de alguém a quem recorrer.
Além disso, Danson já provou em "Damages" e "Bored to Death" que pode mostrar extremos de personalidade e agradar até quando é o vilão.
"Law & Order: SVU", agora sem o detetive Elliot Stabler (Chris Meloni), mostrou criatividade ao pôr no centro do episódio um crime que gerou comentários globais: à semelhança de Dominique Strauss-Kahn, um político italiano é acusado de molestar a camareira de um hotel.
Apesar de Meloni não aparecer, a ausência de seu personagem é comentada o tempo todo por Olivia Benson (Mariska Hargitay). A solução para sua saída é exemplar.
O problema aqui é que a única pessoa que parece sofrer com a perda de Elliot Stabler é Olivia. O episódio fluiu muito bem sem ele.
Se Mariska continuar nesse nível de interpretação e se seu papel não diminuir -como foi inicialmente aventado-, vai ser fácil esquecer a brutalidade de seu parceiro.


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