CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio

A sensualidade e o erotismo de "Salomé", ópera escrita por Richard Strauss (1864-1949) em 1905, serão mostrados ao público carioca a partir de hoje. A versão dirigida por Alberto Renault reforça o clima sensual. Os solistas passaram por uma preparação para quebrar a rigidez corporal.
Com a soprano americana Cynthia Makris, que faz o papel principal, os cuidados foram ainda maiores. Ela passou por um período de ensaios com a bailarina Márcia Haydée, que criou uma coreografia especial para a dança dos sete véus, em que Salomé seduz seu padrasto, Herodes Antipas.
Para criar "Salomé", Strauss inspirou-se na peça escrita no final do século 19 por Oscar Wilde. "Salomé" foi rejeitada pela "imoralidade" de seu conteúdo, que impregna de sensualidade o mito cristão da filha de Herodias e enteada de Herodes Antipas. Ela causa a execução de São João Batista, que havia condenado o casamento de Herodias com Herodes.
Irritado com as críticas, Herodes prende São João Batista, mas teme matá-lo. Em sua versão operística, Strauss enfatiza o desejo de Herodes por Salomé. A enteada faz uso disso para conseguir seus intentos.
Depois de ser rejeitada por João Batista, usa o padrasto para sua vingança: pede a cabeça do santo.
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Ópera: Salomé, Richard Strauss Direção cênica: Alberto Renault Onde: Teatro Municipal (pça. Floriano, s/ nē, tel. 021/544-2900) Quando: hoje, às 20h, domingo (dia 27), às 17h, e quarta (dia 30), às 20h Quanto: na estréia, frisas e camarotes a R$ 450, platéia e balcão nobre a R$ 75, balcão simples e laterais a R$ 50 e galeria a R$ 20. Nas demais récitas, frisas e camarotes a R$ 300, platéia e balcão nobre a R$ 50, balcão simples e laterais a R$ 30, galeria a R$ 15


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