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PERSONALIDADE
Filhas do jogador insistem em danos morais
Disputa sobre Garrincha ganha dois novos recursos na Justiça
DA SUCURSAL DO RIO
A disputa judicial entre as filhas
de Garrincha e a editora Companhia das Letras, que já envolveu
até argumentação de um desembargador a respeito do tamanho
do pênis do jogador, enfrenta
agora dois novos recursos para
mudar a última decisão do Tribunal de Justiça do Rio.
A disputa na Justiça começou
em 1995, quando o livro "Estrela
Solitária - Um Brasileiro Chamado Garrincha" foi lançado. Desde
então, as herdeiras movem um
processo por danos morais e materiais contra o autor, Ruy Castro,
e a editora. Elas alegam que o livro
invade a privacidade do pai ao
tratar, principalmente, do alcoolismo do jogador. Também reclamam do uso de imagens do jogador sem autorização da família.
A última decisão da Justiça, de
julho deste ano, deu às filhas o direito de serem indenizadas apenas por danos materiais, devendo
receber 5% do valor de capa dos
livros da editora.
O advogado da Companhia das
Letras, Manuel Alceu Ferreira, entrou há duas semanas com um
embargo para que a decisão seja
reavaliada. Luís Eduardo Salles
Nobre, advogado da família de
Garrincha, não concorda com o
valor da indenização e também
irá recorrer da decisão assim que
o recurso da editora for julgado.
A decisão de descartar indenização por danos morais chamou
a atenção pela argumentação do
desembargador e relator João
Wehbi Dib. Para fundamentar
seu voto, ele divagou sobre o tamanho do pênis de Garrincha,
alegando que "as asseverações de
possuir um órgão sexual de 25
centímetros e ser uma máquina
de fazer sexo, antes de serem
ofensivas, são elogiosas, malgrado custa crer que um alcoolista tenha tanta potência sexual".
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