BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

De vez em quando, uma volta às raízes é necessária para colocar as coisas em seus devidos lugares. Após ver sua edição 2002 cancelada por falta de patrocínios, o Festival do Minuto retornou com um tema que promove reflexões sobre as origens de qualquer ser: "Mãe". Freud bateria palmas, já que a maioria dos vídeos olha para o assunto a partir da memória afetiva, da infância.
Como em uma sala de aula com diversos alunos, os resultados são os mais variados possíveis. Há o excêntrico, o engraçadinho, o intelectual, o incompreensível etc.
O grande vencedor, "Todas as Horas", de Kiko Mollica, resumiu os sentimentos díspares que o assunto suscita ao enfatizar a passagem do tempo através das observações de uma mãe sobre um relógio. Os também premiados "A Tua Mãe", de Pedro Becker, e "Reminiscências", de Wilson Antunes, usam o humor e a nostalgia, respectivamente.
Em sua maioria, os vídeos refletem um maior cuidado técnico e domínio da linguagem. São poucos os que partem para o visual de videoclipes ou os diretores que tentam contar histórias complexas. Finalmente, a lógica da publicidade -tempo cronometrado para passar uma mensagem- rende um bom cinema.

Festival do Minuto
   
Quando: em cartaz até quarta em São Miguel Paulista, Matão, Campinas e São José do Rio Preto (SP), e Curitiba e Londrina (PR). Mais informações em www.uol.com.br/festivaldominuto.