São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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crítica

Este é o filme da família do final de ano

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

Tolerância é a mensagem de "Happy Feet: O Pingüim", que conta a história de Mumble/Mano (versão original/brasileira), um pingüim imperador que nasce diferente dos pares.
Por um descuido do pai na hora de chocar, ele cresce com habilidade de sapatear, em vez de produzir um som que vá atrair sua fêmea, como acontece com os pingüins imperadores. É banido e promete voltar após descobrir a causa da falta de peixes que ameaça sua raça.
Uma história tradicional, não fosse diretor o grande George Miller, bissexto, de "Mad Max", "Babe: O Porquinho Atrapalhado" e "O Óleo de Lorenzo", e sua mensagem, urgente nos dias de hoje, a de que o outro pode ser parte da solução, e não necessariamente uma ameaça.
Some a isso a coreografia do grande Savion Glover, uma animação impecável e -voilà-, eis o filme da família do fim de ano.
Semimusical, "Happy Feet" faz sua trilha sonora valer metade do ingresso: reinterpreta clássicos do rock e do não-rock, como "Kiss", "Somebody to Love" e "My Way", cantados pelos atores. Robin Williams, nas vozes de Ramón, o chefe dos pingüins "latinos", e Lovelace, o guru farsante, vale a outra metade. Principalmente quando tenta demover Mano de sua empreitada: "Você já fez tudo o que é "pingüinamente" possível". Criança ou não, não perca.


HAPPY FEET: O PINGÜIM    
Direção: George Miller
Produção: Austrália/EUA, 2006
Quando: a partir de hoje nos cines Anália Franco, Pátio Higienópolis, Interlagos e circuito


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