São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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Crítica

Para Coppola, vencer não é tudo na vida

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O capitalismo é risco, existe o hábito de dizer. Como todo hábito, quase inteiramente irrefletido. Pois uma coisa é você se chamar Ford ou GM, outra é se chamar Tucker.
Entre os dois, é claro que Francis Ford Coppola, esse "expert" em capitalismo (ou, pelo menos, em falências), ficaria com Tucker, o aventureiro, contra os barões de Detroit.
"Tucker - Um Homem e Seu Sonho" (Fox, 22h) ilustra bem o "parti-pris" de Coppola. Vencer não é tudo na vida. A poesia está no caminho que se traça, não no resultado final da jornada, é o que parece nos dizer com seu filme.
Pois Tucker é o homem cheio de idéias, disposto a revolucionar a indústria automobilística. Para tanto, cria um carro com seu nome. Alguém já ouviu falar dos Tucker? Só fanáticos por carros.
Coppola recoloca na ordem do dia esse mito, com a ajuda de um exuberante Jeff Bridges. Mas ninguém duvide: é de si mesmo que ele está falando.


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