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"Goldfinger" é eleito o melhor dos 19 filmes
AMIR LABAKI
da Equipe de Articulistas
"007 contra Goldfinger" (1964)
foi eleito o melhor filme da série
007 em pesquisa revelada no início do mês pela BBC News Online.
A luta de James Bond contra o arquivilão (Gerd Frobe) que ataca o
forte Knox americano recebeu
23,7% dos 1.800 votos.
Ainda menos surpreendente foi
a escolha, por 46% dos pesquisados, de Sean Connery como o melhor Bond do cinema. Todos os
seis filmes oficiais que estrelou ficaram entre os dez prediletos.
"Nunca Mais Outra Vez" (1983),
rodado fora da série oficial, foi excluído do levantamento.
"Goldfinger" teve mais que o
dobro de votos do segundo colocado, "007 contra Moscou"
(1963). Logo abaixo, outro Bond
com Connery, "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (1967).
A primeira grande surpresa foi a
escolha de "007 - A Serviço Secreto de Sua Majestade" (1969) em
quarto lugar. O filme marca a experiência isolada do ex-modelo
australiano George Lazenby vivendo Bond. O fracasso de público foi absoluto e Connery foi
triunfalmente trazido de volta para "007 - Os Diamantes São Eternos" (1971), o 9º título na recente
pesquisa.
Apenas 2% dos bondmaníacos
consideraram Lazenby o melhor
Bond. Uma possível explicação
para a revalorização do filme, mas
não do ator, é o caráter mais intimista da trama. É em "A Serviço
Secreto de Sua Majestade" que
007 estabelece seu mais maduro
relacionamento com uma mulher, a Tracy vivida por Diana
Rigg. A história de amor termina
num trágico casamento.
Com apenas três filmes, Pierce
Brosnan já é o segundo 007 predileto do cinema. Seu filme de estréia, "007 contra GoldenEye"
(1995), ocupa o 5º posto, ao lado
de "007 - Viva e Deixe Morrer"
(1973), estrelado por Roger Moore. Brosnan já é o Bond preferido
de 31% dos votantes.
Roger Moore, por sua vez, vê
envelhecer rapidamente o carisma de seu 007 elegante e auto-irônico. Não mais que 14% dos pesquisados preferem-no aos demais
intérpretes de Bond.
Dos seis filmes que protagonizou, apenas dois ficaram entre os
dez mais. Justiça seja feita: o oitavo posto é muito pouco para o
charme romântico de "007 - O Espião Que Me Amava" (1977), em
que contracena ao lado de Barbara Bach ao som de Carly Simon.
Seu desempenho médio só perde para o do shakesperiano Timothy Dalton (o melhor para
7%). As duas aventuras das quais
Dalton participou, em meio à crise ideológica do fim da Guerra
Fria, alcançaram o 13º ("Na Mira
dos Assassinos", 1987) e o 18º postos ("007 - Permissão para Matar", 1989).
"007 - O Mundo Não É O Bastante" estréia amanhã numa nada
empolgante 12ª posição. É o pior
colocado dos títulos protagonizados por Pierce Brosnan. Nada que
surpreenda. Um filme de 007 é tão
bom quanto seu vilão. Robert
Carlyle ("Trainspotting") não
ocuparia exatamente um posto de
prestígio num ranking dos inimigos de Bond.
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