São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 2006 |
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A biblioteca de Leonardo Com cem livros, o pescador Léo do Peixe criou o Clube da Leitura em plena feira livre de Pirapora; hoje, barraca na cidade do sertão mineiro tem 8.000 volumes e 348 leitores
BERNARDO CARVALHO ENVIADO ESPECIAL A PIRAPORA (MG) No sertão de Minas, onde, em vez de jagunços lutando e matando por honra, amor e amizade, há traficantes e adolescentes destruídos pelo crack, um pescador, tentando sobreviver às conseqüências da poluição de um dos maiores e mais emblemáticos rios do país, montou uma biblioteca ambulante na feira de uma cidade sem livrarias. Em 11 meses, Léo do Peixe reuniu 8.000 volumes e cadastrou 348 leitores no seu Clube da Leitura, numa feira livre, em Pirapora, às margens do rio São Francisco. Cinqüenta anos depois da publicação de "Grande Sertão: Veredas", a obra-prima de Guimarães Rosa, o projeto heróico e obstinado do pescador revela, pela exceção, a realidade de um sertão que já não permite nenhum idealismo. Texto Anterior: Horário nobre na TV Aberta Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice |
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