São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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CDs

Rock
Álbum Branco Indie Version
VÁRIOS
Gravadora:
Coqueiro Verde;
Quanto: R$ 32, em média;
Avaliação: ótimo
Na esteira de dois lançamentos com conhecidos artistas brasileiros interpretando músicas do "Álbum Branco", dos Beatles, o produtor Marcelo Fróes reuniu mais de 40 bandas independentes de todo o país para uma versão "negra" do disco. Não dá para citar todas as boas versões aqui, mas a abertura da banda curitibana Mordida, com "Back in the USSR", já mostra que o lugar certo deste disco é na caixa de som.
POR QUE OUVIR: Cada uma das 42 bandas ou artistas dá o máximo de si, o que já garante uma audição pesada, sem muito tempo para respirar. E, se não bastasse o lado beatlemaníaco que existe em quase todo mundo, o "Álbum Branco Indie Version" traz ainda um valioso panorama do rock independente brasileiro em 2008.
(IVAN FINOTTI)

Instrumental
Carioca
STEFANO BOLLANI
Gravadora:
MP,B; Quanto: R$ 27, em média;
Avaliação: ótimo
Tido como um dos melhores pianistas de jazz da Europa hoje, o italiano Stefano Bollani é íntimo da música brasileira desde os anos 90, e gravou o CD "Falando de Amor", só com temas de Tom Jobim, em 2003. Mas, para "Carioca", ele deu um passo maior: cercou-se de grandes músicos daqui (Marco Pereira, Jorge Helder, Jurim Moreira, Marçalzinho, Zé Nogueira, além das participações vocais de Zé Renato e Mônica Salmaso) e se concentrou num repertório de acento carioca. Sem perder a liberdade de um jazzista, soube também ser reverente ao interpretar Nelson Cavaquinho ("Luz Negra", "Folhas Secas"), Ismael Silva ("Ao Romper da Aurora", "Choro Sim"), Zé Keti ("A Voz do Morro"), Pixinguinha ("Segura Ele"), Jacob do Bandolim ("Doce de Côco"), Chico Buarque ("Samba e Amor") e outros.
POR QUE OUVIR: O par final, com a aceleradíssima "Tico-Tico no Fubá" e a lentíssima "Caprichos do Destino", resume a abrangência que Bollani deu à sua expedição carioca. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Instrumental
Camerata de Violões
VÁRIOS
Gravadora:
Biscoito Fino;
Quanto: R$ 29,90 em média;
Avaliação: bom
Autor de excelente gravação integral das obras solo compostas por Villa-Lobos, Paulo Pedrassoli é o líder da Camerata de Violões do Conservatório Brasileiro de Música. Com oito integrantes, o grupo de instrumentistas mostra um repertório eclético, que mescla transcrições de obras de autores da escola nacionalista do século 20, como Lorenzo Fernandes ("Primeira Suíte Brasileira"), Mignone, Santoro e Ernesto Nazareth, e repertório originalmente escrito para esta formação, como "Rhytmaginaires", de Roland Dyes, e as coloridas "Bloco da Pitangueira" (Rogério Borda) e "Banda de Congos" (Carlos Cruz).
POR QUE OUVIR: Quer tocando obras mais tradicionais, quer explorando sonoridades insólitas do violão, a Camerata é uniformemente vigorosa e agradável de ouvir. (IRINEU FRANCO PERPETUO)


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