São Paulo, quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

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Ibram nomeia "Iphan dos museus" para gerir acervos

DA REPORTAGEM LOCAL

Antigo Departamento de Museus, subordinado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o novo Instituto Brasileiro de Museus responde agora de modo direto ao Ministério da Cultura.
Ganhou autonomia, criou mais de 400 cargos e pediu mais 260. Nessa estrutura que uns consideram inchada, mas seu diretor, José do Nascimento Júnior, chama de "enxuta", acaba de recriar uma espécie de Iphan interno para os museus.
Tomou posse há uma semana o conselho consultivo do Ibram, presidido por Nascimento Júnior. Com 13 pessoas indicadas pelo ministro da Cultura, entre elas os curadores Fábio Magalhães, Teixeira Coelho, do Masp, e Luiz Camillo Osorio, do MAM-Rio, o grupo deverá zelar pelos acervos de interesse público no país.
"É uma espécie de Iphan dos museus", compara Nascimento Júnior. "Tem as atribuições de definir políticas e diretrizes do patrimônio museológico brasileiro e que acervos vão ser declarados de interesse público."
Mas não está claro ainda como, de fato, deve funcionar esse órgão, nem que tipo de ingerência vai ter sobre acervos dos museus e obras ainda em posse de familiares de artistas, como era o caso dos trabalhos de Hélio Oiticica, perdidos num incêndio em outubro deste ano.
"É o primeiro conselho", diz Nascimento Júnior. "Então agora é que nós vamos começar a ter essa sistemática."
No meio do ano que vem, o Ibram também deve lançar um amplo diagnóstico de todos os museus do país -são cerca de 2.000 instituições do tipo. Será uma espécie de mapa do setor publicado no apagar das luzes do governo Lula. (SM)


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