São Paulo, sexta-feira, 24 de dezembro de 2010 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Legislação é omissa sobre atuação infantil DE SÃO PAULO Quando tem de escalar um bebê, a Globo prefere usar gêmeos idênticos, diz o produtor de elenco infantil Carlos Andrade -o que não é o caso de Carlos Daniel, de "Passione". Assim, quando um está dormindo, comendo, doente ou irritado, o outro pode gravar. Isso começou, segundo Andrade, no início da década, quando a Globo teve problemas com uma menina que se assustou gravando "Laços de Família". Com 1 ano e 10 meses, Larissa Honorato teve de regravar 19 vezes uma cena que envolvia a briga dos pais e um atropelamento. Desde então, não podia mais ver Regianne Alves, sua mãe na novela, que começava a chorar. "Tentaram até colocar a mãe verdadeira dela na novela, como babá, para segurá-la no colo nas cenas, mas ficou difícil. Ela ficou traumatizada", lembra Andrade, de cuja agência Larissa era contratada. A menina teve de ser substituída, o que ficou claro a telespectadores mais atentos. Além disso, a Globo teve problemas com o Ministério Público do Rio, que concluiu que a menina sofreu "abuso psicológico". A legislação brasileira, que proíbe o trabalho a menores de 16 anos, é omissa quanto à atuação artística de crianças e adolescentes. O MP do Trabalho vê a atividade "como exceção" e estipula regras, como a necessidade de alvará e de uma vida escolar. Já a OIT (Organização Internacional do Trabalho) diz que a participação deve ser evitada. (LM) Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Mostra abre programação do ano da Itália no Brasil Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |