Primeiro dia da São Paulo Fashion Week promove imersão futurista; Fause Haten busca referências no universo árabe

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA

VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A São Paulo Fashion Week deu a largada ontem, abrindo a temporada outono-inverno com a coleção do estilista Reinaldo Lourenço. As fantasias futuristas compareceram fortemente no primeiro dia.
A coleção ecoou certas idéias da temporada passada, ainda muito ligadas às imagens aristocráticas, com coletes e golas pinçados do guarda-roupa masculino eduardiano. Foi, porém, nos looks futuristas inspirados no caos pós-tudo de "Mad Max" que Reinaldo encontrou seu melhor momento.
A silhueta variou entre shapes mais modernos e sexies, como as leggings de couro combinadas com vestidos e coletões amplos, e outras mais tradicionais, como os vestidos de noite em camadas assimétricas.
Na passarela da UMA, grife de Raquel Davidowicz, o futurismo também compareceu, mas em visão intelectual. As formas do quadrado foram exploradas nas estampas e na composição de algumas peças.
A linha de cinzas foi a melhor do desfile, especialmente nas roupas com formato mais rígido. Os capuzes que viravam gola também deram certo.
O estilista Fause Haten fez uma coleção maximalista, mas limpa e coesa. Trabalhando com formas de inspiração árabe, fez ótimas camisas-caftãs, que poderiam ter aparecido em mais looks, e megacasacos metálicos. Em clima "Mil e Uma Noites", o desfile teve música clássica árabe e foi encerrado com uma chuva de pétalas.


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