São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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Proprietário exige reaver prédio do Belas Artes Dono do imóvel não cede a processo de tombamento do cinema e insiste na desocupação IVAN FINOTTI DE SÃO PAULO O proprietário do imóvel onde funciona o Cine Belas Artes, Flávio Maluf, manteve sua decisão de reaver o espaço, mesmo após o início do processo de tombamento, aberto há uma semana pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Compresp). Na última sexta-feira, o advogado de Maluf, Fábio Luchesi Filho, informou sobre a decisão aos sócios do Belas Artes, os cineastas André Sturm e Fernando Meirelles. "A gente achou que, com a abertura do processo, ele [Maluf] iria preferir que fôssemos ficando e pagando o aluguel. Mas ele prefere fechar, mesmo que não tenha nada para colocar no lugar", afirma Meirelles. O processo de tombamento dura cerca de três meses. O Belas Artes existe desde 1943 e é um dos poucos remanescentes entre os "cinemas de rua" da cidade, na esquina da Consolação com Paulista. "A reação popular e política [em favor do Belas Artes] foi espetacular", diz Sturm. "Estávamos otimistas, mas sexta-feira foi muito chato." O advogado de Maluf não foi localizado para comentar. Sturm e Meirelles haviam sido notificados a entregar o imóvel desocupado no dia 1º de março. A última sessão está marcada para 24/2. Apesar do desânimo na sexta, os sócios cogitam outra saída para manter o cinema funcionando, mas não revelaram sua estratégia. O aluguel atual é de R$ 52 mil. Caso o Belas Artes feche, parte dos equipamentos, como projetores, sistema de som, poltronas, sofás e pipoqueira serão doados à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), de acordo com desejo de Meirelles. O restante será colocado à venda. Texto Anterior: Cinema 2: Cinemateca celebra aniversário de São Paulo com mostra Índice | Comunicar Erros |
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