São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2007

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"Sempre me achei o máximo", afirma a favorita Jennifer Hudson

TETÉ RIBEIRO
ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK

Nascida em Chicago em 1981, a favorita ao Oscar de atriz coadjuvante, Jennifer Hudson, iniciou sua vida de cantora como dois de seus maiores ídolos, Tina Turner e Whitney Huston, no coral da igreja. Desde cedo, ouvia os adultos dizerem que sua voz era especial. Decidiu que seria cantora. Aos 18 anos, começou a fazer parte de vários cruzeiros da Disney, em que trabalhava como guia turístico durante o dia e cantora de restaurante durante a noite. Até que, em 2004, se inscreveu para o "reality show" "American Idol", que virou fenômeno de público, e ficou entre os 12 finalistas. Foi a sexta eliminada, no meio de uma grande controvérsia, já que era a melhor cantora do grupo. E, até ser convidada a viver Effie White no musical de Bill Condon, "Dreamgirls", nunca tinha imaginado que pudesse ser atriz. Leia a seguir entrevista de Hudson à Folha.  

FOLHA - Que tal ser a favorita para o Oscar de atriz coadjuvante?
JENNIFER HUDSON
- Ainda não consegui processar todas as informações, o tempo parece que está passando em um ritmo muito acelerado. Assim que eu consigo acreditar em uma boa notícia relacionada com o filme e com a minha atuação, aparece outra surpresa. Estou feliz, mas completamente atordoada.

FOLHA - Você se considera uma atriz agora?
HUDSON
- Acho que posso dizer que sim, pelo menos se acontecer mesmo de eu ganhar o Oscar. Nunca pensei nisso, nem quando quis fazer parte desse filme. Queria cantar, meu mundo é o da música. Mas tudo que me aconteceu até agora me faz pensar que talvez eu possa fazer as duas coisas. Por que não?

FOLHA - Você roubou os holofotes da Beyoncé, que era para ser a estrela do filme. Ela não ficou chateada?
HUDSON
- Não na minha frente, comigo ela sempre foi generosa e muito paciente. Mas meu grande mentor no filme foi o Jamie Foxx, que me disse: "Eu sei o que você está passando, já fiz esse caminho e vou te ajudar em tudo que você precisar". Era como se eu tivesse um irmão mais velho comigo.

FOLHA - Sua personagem no filme passa por uma rejeição parecida com a sua em "American Idol", não?
HUDSON
- Claro, e eu me identifiquei muito com o papel exatamente por causa disso. Não fui eliminada do programa de TV porque sou cheinha ou muito escura, como é o caso da personagem. Mas a rejeição dói do mesmo jeito. E eu tenho a mesma autoconfiança e sou tão encrenqueira como a Effie.

FOLHA - Como reagiu quando foi excluída do "American Idol"?
HUDSON
- Eu fiquei triste na hora, claro. Mas me recuperei rapidíssimo, acredito muito em mim mesma e sabia que o programa já tinha feito por mim o que tinha que fazer. Agora vejo que ter sido excluída foi a melhor coisa que podia ter acontecido; se eu tivesse vencido, estaria presa a esse rótulo para sempre. E os produtores só me chamaram porque tinham me visto no programa.

FOLHA - Você sabe se os júris do programa já assistiram ao filme?
HUDSON
- Duvido que eles não tenham ido conferir, acho que assistiram, sim, mas não tive notícias de nenhum deles.

FOLHA - Você sempre soube que seria cantora?
HUDSON
- Sempre. Venho de uma família muito musical, dizem que eu herdei a voz da minha avó, que cantava solos na igreja em Chicago. Eu cantava na igreja desde pequena. Fora que sempre me achei o máximo (risos). Eu sou muito metida (mais risos).

FOLHA - Então é fácil acreditar que o Oscar será mesmo seu?
HUDSON
- Isso eu nunca pensei! Sempre sonhei com o Grammy. Mas se vier o Oscar, vai ser muito bem tratado (risos).


A jornalista TETÉ RIBEIRO viajou a convite da Paramount


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