São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2008

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Crítica

Costinha é seduzido em comédia de 74

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Até agora eram poucos os que davam pelota para "O Libertino" (Canal Brasil, 2h), de Victor Lima. E não sem razão: trata-se de uma comédia bem marreta.
Mas vejamos seu entrecho: Costinha é um comendador que aluga sua mansão para um colégio de moças. Claro, o colégio não é colégio, mas um bordel. O comendador é um moralista que dedica sua vida a combater a prostituição. No dia em que vem fazer uma inspeção, as moças fazem o necessário para que, mal e porcamente, aquilo se pareça com uma escola.
A horas tantas, o comendador volta de surpresa. Assim, as garotas não têm opção, a não ser seduzi-lo. E ele aderirá gostosamente à libertinagem.
Eis um desses filmes de que se diz que "no Brasil, antigamente, só se fazia pornografia". Pode ser. O filme ficou preso na censura por dois anos. Se fosse nos EUA, Eliot Spitzer talvez tivesse feito o mesmo. Spitzer, lembra? O governador moralista de Nova York que acaba de renunciar por conta de farras. De farras e de hipocrisia.


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