São Paulo, quarta, 25 de março de 1998

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Artista conheceu Brasil em 87

da Reportagem Local

Anselm Kiefer nasceu em 1945, em Donaueschingen (Alemanha). Iniciou sua carreira em 1969, com a série fotográfica "Besetzungen" (Ocupações), em que se apresentava fazendo saudações nazistas.
Era o começo de uma carreira polêmica e ambígua, em que já demonstrava interesse por mitos, mas principalmente pelo passado da Alemanha, pela herança do nazismo e pelo futuro da cultura germânica.
Passou a ter reconhecimento em 1973, depois de sua primeira individual. No ano seguinte, expôs "Nero Pintando", em que utilizava o fogo, um elemento recorrente em sua obra e que representa o poder criador e também destruidor.
Em 1980, foi à 39ª Bienal de Veneza, onde apresentou o trabalho "Heróis Espirituais da Alemanha", em que citava personagens ambíguos da história alemã, como Wagner e Frederico, o Grande.
Foi o primeiro alemão a ter uma retrospectiva no Israel Museum, em Jerusalém, em 1984, quando passou a se interessar mais pelo judaísmo e pelo estudo da cabala. Desde a morte de seu professor e mentor Joseph Beuys (1921-1986), tornou-se o mais importante artista alemão em atividade.
Veio a São Paulo pela primeira vez em 1987 para participar da Bienal, quando se impressionou com a grandeza da metrópole. Voltou ao país no ano passado para realizar as fotografias do Rio e de São Paulo que utilizou na mostra que inaugura hoje. Kiefer vive e trabalha hoje em Barjac, na França. (CF)



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