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Político, artista enveredou por conceitualismo
DA SUCURSAL DO RIO
Não é por acaso que Cildo Meireles explora tanto o tema da casa
em sua obra: filho de pai indigenista, passou a infância e a adolescência mudando de pouso, tendo
morado no Pará, em Roraima,
Goiás, Brasília e no Maranhão.
Em Brasília, entre 1963 e 65, estudou no ateliê do peruano Felix
Alejandro Barrenechea e confirmou sua vocação. Sua primeira
exposição foi de desenhos, em
1967, em Salvador.
Naquele mesmo ano, fez um de
seus trabalhos mais famosos,
"Desvio para o Vermelho" e iniciou a série "Espaços Virtuais:
Cantos". Tornou-se logo um dos
principais nomes da chamada arte conceitual, criando objetos e
instalações.
Algumas dessas instalações tinham caráter claramente político,
como "Tiradentes: Totem-Monumento ao Preso Político" e "Inserções em Circuitos Ideológicos",
ambas de 1970.
Trabalhos poéticos
Ao longo dos anos seguintes, o
artista criou trabalhos poéticos,
unindo fontes como a experiência
sensorial, as memórias de infância e conceitos de física.
Meireles é um dos artistas brasileiros mais reconhecidos no exterior, tenho ganhado vários prêmios e realizado exposições em
museus como o MoMA, de Nova
York, e a Tate Gallery, de Londres,
onde fará mostras neste ano e no
ano que vem.
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