DA REPORTAGEM LOCAL

O galerista Marcantonio Vilaça, morto prematuramente no início deste ano aos 37 anos de idade, foi agraciado na última sexta-feira, em Brasília, com a Ordem do Rio Branco.
A comenda é concedida anualmente pelo Itamaraty a pessoas que tenham prestado serviços relevantes à divulgação da imagem do país no exterior. As comendas Ordem do Rio Branco e Ordem do Cruzeiro do Sul são entregues pelo presidente da República.
FHC entregou a comenda a Ilana Vilaça Mendonça, sobrinha de Marcantonio. Estavam presentes outra sobrinha, Vitória Vilaça Mendonça, e os pais do galerista, Maria do Carmo e Marcos Vinicios Vilaça, ministro do Tribunal Superior de Contas da União.
Outro agraciado foi o banqueiro Edemar Cid Ferreira, presidente da Associação Brasil 500 Anos, que organiza a Mostra do Redescobrimento. A cerimônia foi acompanhada ainda pelo ministro da Cultura, Francisco Weffort.
Marcantonio Vilaça será homenageado também na próxima terça-feira, às 10h, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, com uma sessão solene em louvor de sua memória.
O galerista é um dos destaques da primeira edição da revista "Arte & Informação" (editora Art de Paris), que acaba de chegar às bancas. O tema do primeiro número da revista é o cubismo, mas Vilaça fala mesmo é de arte contemporânea e de mercado. Critica a falta de critérios na programação do Masp, elogia a programação do MAM, fala da relação com seus artistas e chega a destacar o trabalho de galerias concorrentes, como Luisa Strina, Casa Triângulo, Marília Razuk, Valu Oria e Baró Senna.
Vilaça morreu no último dia 1º de janeiro, em Recife, sua cidade natal, logo depois da festa de réveillon. (CELSO FIORAVANTE)

Texto Anterior: Interior vê arte contemporânea
Próximo Texto: Programa: Série de debates discute o misticismo
Índice