São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2007

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Crítica

Dean e Brando vivem rebeldia do pós-guerra

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Elia Kazan podia ter lá seus defeitos, mas ninguém até hoje, que eu saiba, o acusou de ser um mau diretor de atores. Hoje, duas de suas revelações aparecem nos filmes em que foram lançados. O primeiro é James Dean, como o adolescente sofrido de "Vidas Amargas" (TCM, 22h), o popular "A Leste de Eden". Depois, vem Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado" (TCM, 0h), mais conhecido como "Um Bonde Chamado Desejo".
Isso não se deve apenas ao fato de Kazan ter sido um dos criadores do Actors Studio. Dean e Brando representam um tipo de sensibilidade, a dos rebeldes ora sem (Dean, sobretudo) ora com causa (Brando, especialmente), da juventude do pós-guerra, descobrindo-se num mundo reprimido, cheio de contradições, onde o prometido sonho americano parece não se cumprir.
No mais, o canal de clássicos da Turner hoje arrasa: às 17h50, tem "Ninotschka", de Ernst Lubitsch, às 19h45, "As Vinhas da Ira", de John Ford. Não há como pedir mais.


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