São Paulo, quinta, 25 de junho de 1998

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Sepultamento foi organizado

do enviado a Goiânia

O velório e o sepultamento de Leandro tiveram ares de superprodução, dignos de quem vendeu mais de 12,5 milhões de discos em 12 anos de carreira.
Tudo foi pensado para que as imagens veiculadas fossem as melhores possíveis, apesar da dor da família.
Na maior parte das vezes, a espontaneidade e a falta de controle emocional típicos de famílias enlutadas deram lugar a passos milimetricamente ensaiados.
Em todos os momentos, a família e os amigos de Leandro se posicionavam atrás do caixão, sempre buscando os melhores ângulos para as câmeras, e deixando a imagem "limpa" (sem obstáculos ou penetras).
Em muitos momentos, até mesmo Leonardo aguardava as ordens do cerimonial do Estado e de uma empresa contratada, que coordenavam o evento, para se deslocar.
Leandro, que havia recebido a mais alta condecoração da Polícia Militar de Goiás, pela divulgação que fazia do Estado no país e no exterior, teve enterro solene, quase que com honras militares.
O caixão foi transportado em cortejo no carro do Corpo de Bombeiros, ladeado por batedores e depois pela guarda de honra da PM. No momento em que o corpo baixava à sepultura foi executado o "Toque de Silêncio" por um corneteiro.
No cemitério, a produtora da dupla, Sunshine, montou cercas para evitar que fãs afoitos invadissem a área e atrapalhassem as câmeras das TVs (dezenas delas) que transmitiam o sepultamento ao vivo.
Apesar de envolver grande quantidade de pessoas -cerca de 100 mil na chegada do corpo, 40 mil no velório e 120 mil no cortejo do sepultamento-, não foi registrado nenhum incidente grave. Apenas dois fãs foram levados ao hospital, sem maior gravidade.
(WF)


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