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Última Moda
Alcino Leite Neto - ultima.moda@grupofolha.com.br
Diesel abre em SP sua maior loja no mundo
Novo prédio também terá a marca Staff, que vai trazer ao Brasil criações do estilista hype Martin Margiela
O empresário italiano Renzo
Rosso, dono da Diesel, vai abrir
no Brasil a primeira loja no
mundo de sua empresa Staff.
Criada em sociedade com o
brasileiro Esber Hajli, a loja
trará ao país criações de um dos
principais nomes da moda, o
belga Martin Margiela, além de
roupas da designer russa Sophia Kokosalaki e, futuramente, da grife Viktor & Rolf. A Staff
também vai vender peças da
DSquared2 e a linha superpremium Diesel Denim Gallery.
Todas essas marcas pertencem à empresa Staff, que, como
a Diesel, faz parte da holding
Only the Brave, de Rosso. A
prestigiosa Viktor & Rolf, da
dupla de estilistas holandeses
Viktor Horsting e Rolf Snoerer,
foi adquirida pelo empresário
italiano nesta semana.
"A Staff é projeto inteiramente novo, e seu laboratório
será o Brasil", diz Hajli, que
desde 2001 é distribuidor da
Diesel no país e agora passou a
sócio dos negócios brasileiros
da empresa italiana.
A Staff ficará no segundo andar do novo prédio da Diesel
em São Paulo, que começa a
funcionar no próximo mês. No
térreo, no subsolo e no primeiro andar serão vendidos os produtos Diesel, Diesel Black Gold
e Diesel Kids, para crianças.
Rosso deve vir para a festa de
inauguração, em 13 de agosto.
Com quatro pavimentos e
cerca de 1.000 m2, a loja Diesel
de São Paulo será a maior do
mundo. É um empreendimento luxuoso na rua Haddock Lobo, que custou cerca de R$ 13
milhões e situa a marca na vizinhança das lojas da Louis Vuitton e de Giorgio Armani.
A Folha fotografou com exclusividade o local, ainda sem
as roupas, que serão colocadas
às vésperas da abertura. A loja
Diesel na rua Oscar Freire será
desativada. A do shopping
Iguatemi permanecerá.
O projeto foi feito pelo arquiteto italiano Massimo Pegoraro, e boa parte do mobiliário e
das peças de design veio da Itália. O local terá um bar no primeiro andar e área de atendimento VIP no térreo. As coleções da Diesel deixarão de vir
ao Brasil com uma temporada
de atraso e serão lançadas ao
mesmo tempo em que chegam
às lojas da Europa e dos EUA.
Embora situada no último
andar do prédio da Diesel, a
Staff terá entrada separada, já
que, a princípio, se destina a
um outro público, mais fashionista. Com 350 m2 e decoração
que lembra a de um galpão industrial, vai abrigar inicialmente cerca de cem itens da
coleção de Martin Margiela
-estilista que não se deixa fotografar e é um dos mais respeitados por críticos de moda.
Hajli crê que exista futuro
comercial no Brasil para a roupa criativa e ousada de Margiela. "O mercado de luxo no Brasil é minúsculo, apesar do barulho que se faz. Mas eu não faria esse teste se não tivesse
confiança no negócio", diz.
com VIVIAN WHITEMAN
INVASÃO
Marc Jacobs, Gucci e Pucci chegam até o final do ano
Darling dos modernos de todo o mundo, o estilista americano Marc Jacobs terá uma loja
em São Paulo a partir de dezembro, sob os cuidados da empresária brasileira Natalie
Klein, dona da NK Store, que
está bancando todo o negócio.
A Marc Jacobs paulista ficará
na rua Haddock Lobo, nos Jardins, terá 280 m2 e dois pavimentos. No térreo, serão vendidos os produtos da marca
principal do estilista, a Marc
Jacobs. No primeiro andar, os
da grife Marc by Marc, de preços mais acessíveis.
Num primeiro momento, virão para o Brasil apenas artigos
femininos, inclusive calçados e
acessórios. As roupas masculinas chegarão em dois anos.
Natalie conta que a loja foi
proposta pela própria equipe
do estilista, que cuidará de todo
o projeto do espaço. "Resolvi
aceitar, pois é uma marca consagrada, da qual gosto muito, e
porque sempre busca a renovação, jamais cai na mesmice",
diz a empresária, que já vende
as criações de Marc Jacobs há
seis anos na NK Store.
O estilista, que é abertamente gay e estaria namorando um
rapaz brasileiro, deve vir para a
inauguração da loja no final do
ano. Marc Jacobs é também
designer da Louis Vuitton.
Mais estrangeiras
Outras grifes estrangeiras estão de malas prontas para o
Brasil. A Gucci (italiana) e a
Hermès (francesa) abrem lojas
no país nos próximos meses.
A da Gucci será inaugurada
até o final do ano no shopping
Iguatemi; a da Hermès, no primeiro semestre de 2009, no
shopping Cidade Jardim.
A celebrada grife Pucci e a luxuosa marca de bolsas e acessórios Goyard também estão
aportando no país, com lojas na
Daslu. Laudomia Pucci, filha do
fundador da marca, deve vir a
São Paulo para a inauguração.
Rosa Chá terá 1ª loja própria em Nova York
Espaço de 150 m2 fica no West Broadway e será aberto na próxima semana; EUA é o principal mercado da grife no exterior
Não são apenas as marcas estrangeiras que estão aportando
no Brasil (leia na pág. ao lado).
Também as grifes brasileiras
começam a se estabelecer, pouco a pouco, no exterior.
Em início de setembro, a grife de moda praia Rosa Chá abre
a sua primeira loja própria nos
Estados Unidos, em Nova York,
no bairro West Broadway. O espaço terá 150 m2 e no mesmo
local, no subsolo, funcionará o
showroom da marca.
O empreendimento foi bancado pela Marisol -empresa
catarinense para a qual o estilista Amir Slama vendeu parte
da Rosa Chá, passando a sócio
da grife, com 25% de participação- e também pela Cotia Trade, companhia brasileira que
atua nos Estados Unidos.
"A nova loja não é um fim,
mas um meio. A idéia é fincar
uma bandeira, atacar o mercado americano e aumentar a
nossa participação nas grandes
lojas do país", diz Giuliano Donini, presidente da Marisol.
"Os Estados Unidos são nosso principal mercado no exterior. Daí a necessidade da loja e
também do showroom", explica Slama.
O novo espaço da Rosa Chá
começa a funcionar na próxima semana. A inauguração oficial será no início de setembro,
com desfile para convidados. A
grife já tem uma loja com o seu
nome em Miami, mas trata-se
de uma franquia. Possui outra
franquia em Lisboa e abriu no
ano passado mais uma em Istambul, na Turquia.
Como parte do seu processo
de internacionalização, desde
2004 a Rosa Chá passou a desfilar as suas coleções femininas
apenas na semana de moda de
Nova York. Em contrapartida,
resolveu lançar as coleções
masculinas na São Paulo Fashion Week, o que fez pela primeira vez em junho último.
Casa nova
Os ventos parecem cada vez
mais favoráveis à praia da Rosa
Chá. Prova disso é o novo prédio para onde a grife mudou há
poucos meses o seu ateliê e o
seu showroom, na Vila Olímpia
(zona sul de São Paulo).
O sofisticado local -que é a
sede da Marisol na cidade- é
muito diverso daquele que a
Rosa Chá ocupou durante 16
anos no Bom Retiro, tradicional bairro onde se concentram
indústrias de roupas.
Tem 4.000 m2 de área total,
um prédio de três andares, um
pequeno auditório e até mesmo um Rosa Café, instalado
diante de um amplo jardim. O
projeto arquitetônico, contemporâneo e funcional, foi desenhado pelo escritório Rocco
Associados, o mesmo que fez o
Café de la Musique.
"Vamos desenvolver aqui o
conceito de estúdio criativo, de
laboratório de moda", conta
Slama. No novo prédio, ele instalou a sua equipe de criação,
os departamentos de marketing e de engenharia de produtos e uma minifábrica, que realiza as peças-piloto da marca,
antes de estas serem encaminhadas para a produção. Todas
as roupas da Rosa Chá são produzidas na fábrica da Marisol,
em Jaraguá do Sul (SC).
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