São Paulo, sábado, 25 de julho de 2009 |
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TRECHO Olha para o mar. A água tanta. Já escureceu. Não tem como chorar nos olhos. Mas tem aquela água inteira, deliciosa e bíblica, incrivelmente salgada à sua frente. [...] Deixa-se conduzir pelo movimento encapelado, pela agitação das águas escuras e pesadas. Não sorri, mas sente a tremedeira ceder aos pouquinhos, um tipo de alívio, prazer tímido crescendo, intensificando-se. Como o prazer de esquecer tudo para, quem sabe, poder lembrar tudo outra vez. Extraído de "Olhos Secos", de Bernardo Ajzenberg
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