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MÔNICA BERGAMO
RIBALTA
Bibi queria ser Jimi Hendrix
Ana Ottoni/Folha Imagem
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Bibi Ferreira, que foi Edith
Piaf por 12 anos, será Amália
Rodrigues no ano que vem.
Na verdade, o sonho dessa
atriz e diretora com 60 anos
de carreira como diva era ser
Jimi Hendrix (a foto com peruca black power é uma homenagem ao roqueiro) e, se
possível, Barbra Streisand.
Bibi entende de prima-donas:
foi diretora de mais de 50 peças, quase todas com mulheres batutas, de Elizeth Cardoso a Adriane Galisteu. No
momento, dirige "As Encalhadas" e, em breve, vai montar "Lettuce and Lovage".
Folha - Quem foi a melhor entre todas as estrelas
que você já dirigiu?
Bibi - Não respondo isso,
porque talento não tem medida, a arte é subjetiva. Dirigi
Bethânia, Clara Nunes, Marília Medalha...
Folha - ...e Adriane Galisteu, em "Deus Lhe Pague".
Como foi trabalhar com ela?
Bibi - Ela tem um talento
enorme, quis fazer vários ensaios e foi crescendo a cada
dia. Ela é simples, sincera e é
uma estrela.
Folha - Adriane substituiu Lucélia Santos. Como
foi a troca?
Bibi - Foi normal. Lucélia
tinha contrato com a peça só
na montagem do Rio de Janeiro, porque depois precisava ir à China. Não foi uma
troca. Adriane fez o papel em
São Paulo.
Folha - Mas qual montagem deu mais bilheteria?
Bibi - A de São Paulo. Deu
bem mais.
Folha -Por que o sonho
de ser Barbra Streisand?
Bibi Ferreira -Ela é forte,
boa atriz, boa diretora, cantora maravilhosa.
Folha - Você está pronta
para ser a Amália?
Bibi Ferreira - Já fui um
pouquinho. Cantei um fado
dela em "Brasileiro Profissão
Esperança". Ela me assistiu 14
vezes como Edith Piaf e disse
que gostaria que eu fosse
Amália no palco.
Folha - E a Piaf? Você conheceu alguém da turma
dela?
Bibi - Um dos principais
compositores da Piaf, o Michel Saint-Honoré, foi me ver
em "Piaf em Concerto", em
Paris, e me disse que o timbre
da minha voz não parece em
nada com o dela, mas que eu
tinha emoção (risos).
Folha - E como diretora,
você é durona?
Bibi - Bom, quando eu tinha 23 anos dirigi meu pai,
que já era uma lenda. E ele foi
humilde, bom, doce. Eu mantenho o controle pintando as
unhas no camarim. Se eu não
borrar, está tudo bem.
Painel de confusão
Uma guerra entre empresas
de outdoor de São Paulo já
respinga na campanha de
Paulo Maluf, do PPB. No centro
da disputa estão os gastos do
candidato com painéis de propaganda.
Há alguns dias, a Central de
Outdoor rompeu contrato com
o comando malufista. O motivo
alegado: Maluf estaria usando
os serviços do que a Central diz
ser uma empresa pirata, que cola outdoors em locais proibidos,
da prefeitura -enfim, tudo de
forma irregular.
A Central diz que enviou um
dossiê com mais de cinquenta
fotos de painéis irregulares de
Maluf. Foi endereçado a Maurílio Cury, genro de Maluf e homem forte da campanha.
Segundo a Central, seus serviços continuarão sendo prestados apenas às campanhas que
seguem a lei -como as de Marta Suplicy, Geraldo Alckmin,
Luiza Erundina e Romeu Tuma.
PAINEL DE CONFUSÃO 2
Roberto Ciccarelli, da NBO,
responsável pelos outdoors de
Maluf, diz que as acusações são
todas falsas. "Eles é que costumam fazer esse tipo de coisa e
depois falam que é dos outros."
Segundo Ciccarelli, Maluf não
quis mais trabalhar com a Central ao descobrir que eles faziam
o serviço de graça para Marta
Suplicy. A Central desmente.
TRABUCO
A TFP, de extrema direita,
pretende lançar nas próximas
semanas uma campanha contra
o desarmamento, a "S.O.S Fazendeiro". Quer enviar mais de
1 milhão de cartas aos deputados em Brasília.
CALHAU
José Sarney impressionou os
convidados do jantar de Julio
Sanguinetti em São Paulo, na
semana passada. O ex-presidente está esbelto como nunca
se viu. Emagreceu 6 quilos e vive
à base de saladinhas.
DNA
Tal qual a filha, Luciana Gimenez, a atriz Vera Gimenez também está na Justiça batalhando
por uma pensão. Ela quer que
Jece Valadão pague a faculdade
do filho, Marco Antônio. Diz
que o contador já está fazendo
os cálculos. Imagina que o ex-marido lhe deve R$ 25 mil.
Valadão, casado pela sexta vez e
adepto da Assembléia de Deus,
diz que vive de doações dos fiéis.
"Não tenho um tostão", jura. "A
Vera deveria ter casado com o
Mick Jagger, e não com um durango que nem eu".
LÍRIOS
Os casais Vicky e Joseph Safra
e Chella e Moise Safra oferecem
na próxima quarta uma festa
para comemorar o aniversário
de 90 anos de Moncelo Almuli,
antigo funcionário do banco Safra. A recepção será no Jockey.
OCRE
Parte das 20 obras do escultor
mineiro Amilcar de Castro, que
farão parte do futuro acervo do
Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, receberão um
tratamento especial. Ele pediu
que fossem regadas ao entardecer. Nesse horário a ação do sol
e da água vai dando uma tonalidade especial aos trabalhos.
TANGO
Um dos principais grupos de
varejo de moda da Argentina, o
Exxel, vai abrir uma megaloja
Emporio Armani em Buenos
Aires. O casarão com três andares -um deles, um café- é na
Recoleta. A inauguração está
prevista para o final de 2001.
LINHA DIRETA
A "Elle" estará cobrindo os
mais comentados desfiles de
Paris em tempo real. O site
"Elle.com" promete colocar lupa nos tititis da alta-costura.
CURTO-CIRCUITO
"Inferno", de Patrícia Melo, será lançado hoje, às 19h, na Fnac. O
livro é editado pela Companhia das Letras.
As exposições "O Papel da Arte" e "Disciplinando Soulages"
serão inauguradas hoje com festa na galeria do Centro
Cultural Fiesp, na Paulista.
Hoje, às 20h, no restaurante Gianni, haverá um leilão em benefício
da Casa Hope. Fabiana Saba comanda o evento.
Caio Luiz de Carvalho, presidente da Embratur, Milly Teperman, da
Fiesp, e Fernando Leça, do Sebrae, participam hoje da
abertura da Equipotel" 2000, no Anhembi.
"A Megera Domada", com Marisa Orth, tem pré-estréia hoje no
teatro Cultura Artística. O patrocínio da noite é da TAM.
E-mail: bergamo@folhasp.com.br
Colaboraram CRISTINA RAMALHO E LUCIANA COSTA
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