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SP, 450
Do balé ao balé, em menos de 50 anos
De hoje a quatro meses,
a cidade de São Paulo comemora 450 anos. Em
1954, no quarto centenário, uma das figuras mais
importantes nos eventos
era um jovem fluminense
de nome Abelardo Figueiredo, que acabara de chegar por aqui. Chefiou a
realização do Balé do
Quarto Centenário, que
reuniu de Portinari a Oswald de Andrade.
Hoje, o empresário é de
novo um dos mais animados com a comemoração.
Tem mais de dez projetos
inscritos na prefeitura, o
que o faz a pessoa física
que mais propostas apresentou para os festejos.
No intervalo de tanta atividade, ele falou à coluna:
Folha - Quase 50 anos depois, continua animado?
Abelardo Figueiredo - Sim,
acho que foi por isso que a
prefeita Marta Suplicy
mandou me chamar.
Folha - O sr. está com quantos anos?
Figueiredo - É uma coisa
imoral: Abelardo Figueiredo, vírgula, 72, vírgula, é
uma merda (risos).
Folha - Quando o sr. chegou a São Paulo?
Figueiredo - Nos anos 50,
como administrador da cia.
de uma jovem atriz chamada Nicette Bruno.
Folha - Vinham de onde?
Figueiredo - Nicette era
minha vizinha em Icaraí,
em Niterói. Outro vizinho
era meu xará e amigo, um
tal de Abelardo Barbosa,
que fazia um programa de
rádio que ele batizou de "O
Baile do Chacrinha".
Folha - E o que o sr. prepara
para 25 de janeiro?
Figueiredo -Entre outras
coisas, a exibição de três
curtas feitos por Norma
Bengell e a criação do Balé
da Cidade de São Paulo,
que estrearia com uma recriação do Balé do Quarto
Centenário, desta vez com
um grupo chamado Raça.
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