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Atuar e dirigir ao mesmo tempo
traumatiza Seymour Hoffman
Ator premiado com Oscar protagoniza e dirige "Jack Goes Boating"
FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
Philip Seymour Hoffman
bem que tentou fugir, mas
acabou se autoescalando para atuar como protagonista
da comédia dramática "Jack
Goes Boating" ("Jack anda de
barco", em tradução livre),
seu primeiro trabalho como
diretor de cinema.
O filme, que estreou nos
EUA na semana passada, é
baseado numa peça que ficou em cartaz num circuito
off-Broadway em 2007 e na
qual ele atuou.
"Procurei muito [outro
ator]. Mas, depois, percebi
como parecia uma pegadinha pedir para um ator fazer
um papel que tinha sido meu
e que agora eu iria dirigir",
disse o ator, após exibição do
filme, em Los Angeles.
A história segue o tímido
motorista de limusine Jack
(Hoffman) em sua jornada
para conquistar a esquisitíssima Connie (Amy Ryan).
Ela é apresentada por um
casal amigo, cujo relacionamento está aos frangalhos.
"O tema constante da história é amar alguém mesmo
sabendo que a outra pessoa
pode machucar muito você
um dia", diz o ator.
Hoffman, ganhador do Oscar por "Capote" em 2006,
afirma que, para ele, dirigir é
muito mais agradável do que
atuar. "Sou uma pessoa bem
mais fácil [dirigindo]", diz.
"Atuar é outro demônio. É
preciso criar uma privacidade, ter um foco tão afinado e
específico que é preciso conservá-lo por um tempo."
Por isso, ele falou, a experiência ator-diretor foi meio
traumática. "Alguns momentos foram pesados. Eu tive
que crescer, sair do set e dizer
para mim mesmo: "Você não
é diretor, você é um ator'",
afirma. "Não quero nunca
mais me dirigir de novo."
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