São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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Séries "vintage" tentam suprir a ausência temporária de 'Mad Men'

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

As "viúvas" de Don Draper podem ficam sossegadas.
Enquanto o publicitário de "Mad Men" só volta à TV em 2012, outras séries "vintage" tentam ocupar seu lugar com histórias baseadas no glamour dos anos 60.
Mas essa viagem no tempo não é feita sem tropeços.
"The Playboy Club" e "Pan Am" são ambas focadas no universo feminino e numa época comandada por homens, quando as mulheres ainda usavam luvas (e até mesmo rabinhos de coelho).
Feministas de plantão já reviraram os olhos, acusando os seriados de distorcer a realidade e criar personagens que são "arquétipos de protofeministas".
"The Playboy Club", que estreou nesta semana nos EUA, tem como protagonistas o time de coelhinhas que trabalhavam para o clube de Hugh Hefner, em Chicago.
Uma delas, a novata Maureen (Amber Heard), é perseguida por mafiosos após se envolver num crime.
Ela tem como cúmplice o galã Nick, um advogado frequentador da casa que é a cara de Don Draper.
Outro rosto comum a "Mad Men" é a coelhinha negra Brenda (Naturi Naughton), que fez papel parecido no episódio em que os publicitários vão ao Playboy Club de Nova York, na quarta temporada.
Há uma ou outra cena picante (sexo no banheiro?) na nova série e uma mensagem repetida à exaustão: as coelhinhas não eram prostitutas.
"Eram umas das poucas mulheres no mundo que poderiam ser quem elas quisessem ser", afirma Hefner, o narrador em "off".
Mais comportada deverá ser "Pan Am", estreia desta noite na TV americana, sobre as aventuras pelo "jet set" das aeromoças da famosa companhia aérea, lideradas pela atriz Christina Ricci.
O canal ABC, uma empresa da Disney, proibiu que seus personagens principais apareçam fumando cigarros.
No trailer da série, as mulheres surgem ou como libertárias ou como submissas.
"É uma semana para representações retrógradas da mulher na TV", escreveu a ensaísta Meghan Daum no jornal "Los Angeles Times".


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