São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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Coleção Folha traz a estética 'brutalista' do arquiteto Le Corbusier

Artista atualizou a arquitetura do século 20 e consolidou o padrão moderno e funcional

DE SÃO PAULO

Combativo, polêmico e revolucionário em seus traços simples, o franco-suíço Le Corbusier (1887-1965) pode ser apontado seguramente como o nome mais importante da arquitetura moderna do século 20.
E não apenas pelo que construiu e deixou de legado material, que já seria o suficiente, mas também por ter assumido suas ideias inovadoras como concepções pelas quais se deveria lutar -e por ter sido tão bem-sucedido em sua luta.
Dessa forma, Corbusier foi o grande responsável por atualizar a arquitetura aos moldes industriais do século 20, indo contra o supérfluo e o decorativismo e consolidando o padrão moderno, racional e funcional que influenciaria as gerações seguintes.
É dedicado a ele e à sua obra o quinto livro da Coleção Folha Grandes Arquitetos, que chega às bancas no próximo domingo, dia 2/10.
Le Corbusier nasceu na cidade suíça de La Chaux-de-Fonds, em 1887. Em seus anos de formação, já no início do século passado, o jovem travou contato com Mies van der Rohe, Walter Gropius e Auguste Perret, entre outros.
Com este último aprendeu a técnica construtiva do concreto armado, que, predominantemente na cor branca, marcou grande parte de suas obras, como a célebre Villa Savoye (1931).
Em seus primeiros projetos, no fim dos anos 20, Corbusier já deixava clara a busca pela economia nos traços e pela boa utilização dos materiais, combatendo os desperdícios tão comuns na arquitetura da época.
São desse período as casas na Weissenhofsiedlung, em Stuttgart, e o Palácio do Centrosoyus, em Moscou, que marcaram uma linha chamada pelo próprio autor de "purismo", que também influenciou as artes plásticas.
As experimentações de Corbusier não cessaram nas décadas seguintes, com notáveis transformações em sua obra. Com materiais como o concreto bruto, o pedrisco grosseiro e a madeira sem acabamento, criou obras ditas de estética "brutalista".
Algumas delas são a Unidade de Habitação de Marselha (1952) e a capela de Ronchamp (1955), um de seus projetos mais famosos.
Além de todas essas obras, o quinto livro da Coleção Folha apresenta também projetos que não chegaram a ser construídos, mas que são de grande relevância, como o Palácio da Liga das Nações, em Genebra.
Cada um dos 18 volumes da coleção trará obras selecionadas de um grande arquiteto, com infográficos, fotos, desenhos e textos.
A cada semana um novo título chegará às bancas, até o dia 1º de janeiro.
Cada livro avulso, com 80 páginas, custa R$ 16,90; a coleção completa, R$ 287,30. Assinantes Folha, Edição Digital e UOL têm descontos nos lotes.


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