São Paulo, sexta-feira, 25 de outubro de 2002

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COPIÃO

Weffort tenta manter cinema no MinC e perde

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Cultura, Francisco Weffort, perdeu a primeira queda-de-braço formal com o presidente da Agência Nacional do Cinema, Gustavo Dahl.
Weffort queria manter no MinC a aprovação de projetos cinematográficos pela Lei Rouanet e deixar com a agência, que pertence à Casa Civil, apenas a Lei do Audiovisual.
A questão foi parar na Advocacia Geral da União, que deu parecer favorável à Ancine.
A tarefa de analisar projetos cinematográficos e autorizar a captação de dinheiro com benefício da renúncia fiscal deveria estar com a agência desde setembro, pelo prazo estabelecido na medida provisória que a criou (2.228). O impasse com o MinC atropelou o calendário.
A Lei Rouanet (que não se restringe ao cinema) movimentou, de 96 a 2001, mais de R$ 709 milhões, estima o MinC. E a Lei do Audiovisual, R$ 300 milhões.
O Tribunal de Contas da União havia determinado ao ministério que evitasse aprovar um mesmo projeto nas duas leis. O TCU acha que a duplicidade facilita distorções e dificulta a prestação de contas.
Lobby de cineastas e produtores conseguiu incluir na MP 2.228 autorização para usar simultaneamente as duas leis.

RUMO AO OSCAR
Sai hoje o candidato brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Mesmo que "Cidade de Deus" confirme seu favoritismo e que a Academia de Hollywood o torne um dos cinco indicados, o diretor Fernando Meirelles desacredita da estatueta. "O Oscar este ano já tem dono: Almodóvar ("Fale com Ela')."

RUMO A CANNES
Grande aposta de público para 2003, "Carandiru", de Hector Babenco, estréia no país em abril. Os produtores também querem ver o filme no Festival de Cannes, em maio.

QUATRO POR UM
O Festival de Brasília quer ter no júri os cineastas Eduardo Coutinho, Jorge Alfredo, Jorge Furtado e Suzana Amaral e o crítico Inácio Araujo.

NEM UM SEGUNDO
O Festival do Minuto, promovido pelo cineasta Marcelo Masagão, não terá a edição 2002, que seria a décima. Faltou patrocínio.

FEITO CÁ
Irma Dulmers seleciona, na Mostra de SP, filmes brasileiros para o Festival de Roterdã.


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