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Crítica
Direção elegante une Kim Novak e Rita Hayworth
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A Columbia, uma companhia
menor entre as majors de
Hollywood, não podia se queixar de suas estrelas. Primeiro
foi Rita Hayworth, na década
de 1940, depois Kim Novak, a
partir de meados dos 50.
As duas se encontram em
"Meus Dois Carinhos"
(TCM, 16h50). Rita, ou Vera, é
o velho amor a quem Frank Sinatra reencontra. Kim, ou Linda, é a garota mais jovem que o
deixará babando.
O filme é agradável, tem a direção sempre elegante de
George Sidney, mas a comparação entre uma Rita já decadente e um tanto pesada em relação àquela dos anos 40 e uma
esfuziante Kim Novak não deixa de ser um pouco deprimente. Ficamos com Kim, é claro,
mas carregando um forte sentimento de culpa no coração.
O mesmo George Sidney reaparece, no mesmo canal, dirigindo "Scaramouche" (22h),
um capa-e-espada que, com
seus encantos, intriga e movimentação, fará qualquer um se
esquecer de seus eventuais
sentimentos de culpa.
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