São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2011

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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

'Batidas, Rimas & Vida' revela o encontro do rap com o jazz

ADRIANA FERREIRA SILVA
EDITORA-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Para um documentário musical, "Batidas, Rimas & Vida: As Viagens de A Tribe Called Quest" é convencional.
Principalmente por se tratar da trajetória de um grupo de hip-hop, movimento cultural que já foi retratado em produções como "Scratch" (2001) -neste longa, o diretor Doug Pray editou as imagens no mesmo vaivém frenético executado pelos DJs quando arranham os discos.
Já Michael Rapaport, ator de dezenas de filmes e séries, optou pelo formato quadrado, de entrevistas e cenas de arquivo, para relembrar a história do grupo de rap nova-iorquino A Tribe Called Quest.
A história, no entanto, é essencial para entender as transformações pelas quais passou o estilo nos anos 1980, quando A Tribe, De La Soul e Jungle Brothers, entre outros, passaram a flertar com o suingue do jazz.
Juntos, eles formavam o coletivo Native Tongue que, além de referências jazzísticas, fazia um hip-hop "positivo", com letras que destacavam o afrocentrismo.
Os integrantes (os MCs Q-Tip, Phife Dawg e Jarobi White e o DJ Ali Shaheed Muhammad) traçam seu caminho desde a adolescência no Queens, em Nova York, ao estrelato e às brigas que levaram ao rompimento, nos anos 90, até o retorno em 2006.
Fica-se sabendo que a reunião teve mais motivos financeiros do que fraternais, já que nenhum deles engoliu o fato de Q-Tip se tornar a estrela da tribo.
O registro vale pelo depoimentos deles e de "fãs", como os Beastie Boys, Mos Def e Common, além da trilha sonora do produtor Madlib.

BATIDAS, RIMAS & VIDA
DIREÇÃO Michael Rapaport
PRODUÇÃO EUA, 2011
QUANDO hoje, às 18h, no Centro Cultural São Paulo; amanhã, às 14h, no Reserva Cultural; dias 28, às 15h50, no Espaço Unibanco; e 2/11, às 18h40, no Cine Livraria Cultura
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO bom



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