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CINEMA
Filme do diretor foi idealizado há dez anos no RS
Sonho de Renato Falcão encerra competição no Festival de Brasília
SILVANA ARANTES
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Com um longa-metragem em
preto-e-branco, mudo, exibido na
velocidade de 18 quadros por segundo e não nos habituais 24, o
35º Festival de Brasília do Cinema
Brasileiro encerra hoje sua mostra competitiva.
"A Festa de Margarette", do
gaúcho radicado nos Estados
Unidos Renato Falcão, 39, é um
filme com que o cineasta literalmente sonhou há dez anos.
Ao despertar, Falcão tomou notas em três páginas, que permaneceram por muito tempo intocadas. Só decidiu transformar a história no roteiro de um longa-metragem depois de haver se exercitado no formato dos curtas e na
direção de fotografia, atividade a
que se dedica nos Estados Unidos, onde vive há nove anos.
O filme acompanha as peripécias de um homem tentando dar
conforto à família e realizar uma
festa para sua mulher (a Margarette do título), depois de perder o
emprego.
"Tenho orgulho de saber que
esse filme reflete o Brasil. O cinema apenas como entretenimento
não me interessa", diz Falcão, que
é também produtor de outro longa em competição em Brasília
-"Dois Perdidos numa Noite
Suja", de José Joffily, que tem locações em Nova York e atores
norte-americanos no elenco.
"A Festa de Margarette" foi rodado em 2000, no Rio Grande do
Sul, e produzido com R$ 350 mil.
Os recursos são do diretor e de
amigos seus. "Todo o elenco trabalhou de graça e com dedicação.
Isso me emociona", diz Renato
Falcão.
A solenidade de encerramento
do festival acontece amanhã, com
a distribuição dos troféus Candango e de quase R$ 280 mil em
prêmios divididos nas diversas
categorias para longas, curtas e
médias em 35 mm e em 16 mm. A
mostra competitiva tem seis filmes em disputa.
A jornalista Silvana Arantes viajou a
convite da organização do festival
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