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Crítica
Diretores lançam visões diferentes sobre a guerra
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"A Espiã" (TC Pipoca, 22h;
não indicado a menores de 16
anos) e "O Resgate do Soldado Ryan" (TC Premium,
23h40; não indicado a menores
de 16 anos) são filmes de guerra
com destinos diferentes.
O primeiro, que marcou o retorno de Paul Verhoeven à Holanda, foi recebido com muitas
restrições, em parte devido ao
hábito adquirido com o tempo
de, em matéria de cinema, só
acreditarmos no não crível. Ali
temos a história de uma jovem
judia que toma parte na Resistência, sem por isso deixar de
se aproximar de um nazista.
O segundo, ao contrário, causou grande impressão, sobretudo pela cena inicial, do desembarque na Normandia. O
que abriu caminho para uma
operação de guerra (o resgate,
justamente) em que Spielberg
mostra uma visão bastante tradicional da guerra, como lugar
de grandes heroísmos.
Com o tempo, fica a impressão de que filmes como "Soldado Ryan" tendem a envelhecer
mostrando mais seus defeitos
do que as virtudes. O oposto
ocorre com "A Espiã".
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