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Hoje, cantora concorda com embargo ao disco
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Responsável pelo embargo
de "Tutti-Frutti", André Midani, então diretor da gravadora
Philips, diz que não lembra os
motivos que o levaram a tomar
a atitude. Mas faz uma breve
antologia do período conturbado por que passava a jovem Rita
Lee e dá pistas do que pode ter
acontecido na ocasião.
"Apesar da sua coragem e determinação, a saída dos Mutantes foi muito sofrida em vários
níveis: as constantes provocações do Arnaldo [Baptista] e do
Sergio [Dias], a natural insegurança que essa radical mudança
provocava, o novo caminho artístico solitário que justificasse
e celebrasse essa evolução, as
cruéis dúvidas entre seus propósitos criativos e nossas solicitações estratégicas e comerciais", enumera.
"Possivelmente, essas turbulências se infiltraram na sua interpretação artística provocando ou justificando minha decisão. De todo modo, a própria
Rita declarou recentemente
que me agradecia por tê-la tomado", conta Midani.
Rita confirma. "Graças a
Deus não rolou de lançarem
aquela merda", ataca.
"Se bem me lembro, tudo lá
soava numa rotação mandrix,
arrastadão pra caramba, sonolento, bocejante. Imagine, iria
sujar minha fama de "bad girl"
com minha neta que adora uma
pauleira."
(MP)
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