da Redação

José Arthur Giannotti nasceu em 25 de fevereiro de 1930, em São Carlos (SP). Iniciou sua formação em 1950, na Faculdade de Filosofia da rua Maria Antonia (USP), integrando o primeiro grupo de filósofos brasileiros -junto com Bento Prado Jr., Oswaldo Porchat e Ruy Fausto- formado por aquela instituição.
Já professor, Giannotti idealizou e participou do famoso "seminário de Marx", grupo de estudos criado para discutir "linha a linha" "O Capital", que reuniu de 1958 a 64, entre outros intelectuais, Paul Singer, Roberto Schwarz e o então jovem sociólogo Fernando Henrique Cardoso.
Agora, quatro décadas depois, Giannotti acaba de concluir dois livros sobre Marx que, segundo ele, deixarão "a esquerda furiosa".
Foi um dos fundadores do PT em 1980, mas em 93 apoiou a aliança PSDB-PFL, a "coalização de centro" que ajudou a eleger o amigo Fernando Henrique.
Giannotti chegou a participar do governo como membro da Comissão Nacional de Educação, da qual se demitiu.
Afastado compulsoriamente em 1969 da USP, no período mais duro do regime militar, Giannotti aposentou-se definitivamente do departamento de filosofia em 1984.
É uma das mais expressivas figuras do pensamento filosófico brasileiro, autor de, entre outros, "Trabalho e Reflexão", "Origens da Dialética do Trabalho", "Universidade em Tempo de Barbárie" e, mais recentemente, "Apresentação do Mundo".
Em 98, Giannotti tornou-se professor emérito da USP e hoje é presidente do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
(MSD)


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