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O MUNDO DE BACO
Vinhos argentinos se destacam no quesito custo-benefício
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A procura de uma maior fatia no mercado internacional, os vitivinicultores argentinos
continuam incrementando a qualidade dos seus vinhos. A melhor
parte da notícia, especialmente
para os consumidores brasileiros,
é que, com a nova paridade do peso (e o alívio nos impostos permitido pelo Mercosul), os produtos
dos nossos vizinhos melhoraram
no quesito custo-benefício (ocupando maior espaço num departamento, o dos goles a preços camaradas, onde os chilenos reinavam absolutos anos atrás).
Os últimos a desembarcar por
aqui (importados pela Gran Cru,
tel. 0/xx/11/3062-6388) foram os
tintos de duas adegas platinas estreantes no Brasil: o grupo Vitivinícola de Tupungato e a Bodega
Monteviejo.
A primeira é uma firma jovem,
criada sete anos atrás. Sua base é o
vale de Uco, uma região localizada ao sudoeste da cidade de Mendoza, localizada aos pés da cordilheira dos Andes.
A linha básica da casa leva o rótulo Finca los Algarrobos e nela há
dois tintos interessantes da safra
2002 (ambos a R$ 19), o Syrah, de
bom corpo, equilibrado e de paladar redondo (83/100), e o Montepulciano, um pouco tânico, mas
com bom aroma e sabor que lembra framboesas (83/100).
Um degrau acima no portfólio
da adega estão os Altus (R$ 28).
Destaque entre eles para o Malbec
99, um vinho com aroma intenso
(cerejas, kirsch) e paladar macio e
de boa persistência (87/100), e o
Tempranillo, outro belo tinto que
mostra boa textura e concentração de fruta (87/ 100).
A Monteviejo, também do vale
de Uco, tem igualmente poucos
anos de vida. A sua proprietária,
Catherine Pere Vergé, é francesa e
possui vinhedos na sua terra natal, na região de Bordeaux.
Vale a pena conferir o Festivo
2002, um dos exemplares mais
simples da vinícola, um tinto de
uvas malbec, de aroma e sabor
frutado-floral, levemente adstringente em boca, no entanto, de paladar longo e agradável (86/100,
R$ 34).
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