São Paulo, sábado, 26 de maio de 2001

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10ª BIENAL DO LIVRO

Feira termina amanhã no Rio

Público deste ano deve superar os 550 mil visitantes de 99

ANTONIO CARLOS DE FARIA
DA SUCURSAL DO RIO

A 10ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro termina amanhã, no Riocentro (zona oeste), com expectativa de superar as 550 mil pessoas que compareceram durante a edição de 1999.
Dados preliminares do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) indicam que 64% dos que estão indo à bienal este ano fazem alguma compra. A média de livros vendidos por pessoa chega a 5,3 volumes.
Esses números animam os empresários do setor, que vendem os livros ao preço médio de R$ 13,80 cada exemplar. Entre as obras, há publicações infantis pelo valor de R$ 2, o que tem causado congestionamentos de crianças em muitos estandes - 200 mil inscrições de alunos foram feitas pelas redes pública e privada de ensino.

Raridades
A professora universitária Cássia Pereira, 32, andou por quase duas horas e encontrou "Da Alma", do filósofo grego Aristóteles. Ela achou a obra, cuja edição brasileira, da década de 80, está esgotada, no estande da editora portuguesa Edições 70.
Como Cássia, parte do público da bienal procura livros que são raridades nas livrarias. "É em eventos grandes como esse que as editoras aproveitam para expor todo o seu catálogo. Isso é uma festa para quem realmente gosta de ler", afirma Paulo Rocco, presidente do Snel.
A editora Rocco, comandada por Paulo, levou para a bienal cerca de 1.500 títulos, número semelhante ao da Ática, que em seu estande apresenta "A Forma Difícil", de Rodrigo Naves, interessante livro de ensaios sobre as artes plásticas brasileiras, cuja primeira edição é de 1996.
Outra potência entre as editoras, a Ediouro dispôs na bienal parte dos seus 3.500 títulos, entre eles o relançamento de clássicos como "Mitologia - História de Deuses e Heróis", de Thomas Bulfinch, e a "Ilíada", de Homero.
Há também atrações de empresas menores, como a Editora 34, que traz os três volumes de "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, pelo preço atraente de R$ 30.
Em um dos grandes estandes da feira, o Senado Federal mostra produções de sua gráfica, como o livro "Da Propaganda à Presidência" (em parceria com a Universidade de Brasília), em que o presidente Campos Sales narra, em 1908, sua trajetória política e mostra a construção do pacto que deu sustentação à República Velha
O colecionador Sergio Fridman, especializado em livros antigos sobre a vida carioca, destaca a reedição feita pelo Senado de "O Rio de Janeiro como É (1824-1826)", de C. Schlichthorst, que foi tenente do batalhão de granadeiros alemães do Exército de d. Pedro 1º.


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