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10ª BIENAL DO LIVRO
Feira termina amanhã no Rio
Público deste ano deve superar os 550 mil visitantes de 99
ANTONIO CARLOS DE FARIA
DA SUCURSAL DO RIO
A 10ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro termina
amanhã, no Riocentro (zona oeste), com expectativa de superar as
550 mil pessoas que compareceram durante a edição de 1999.
Dados preliminares do SNEL
(Sindicato Nacional dos Editores
de Livros) indicam que 64% dos
que estão indo à bienal este ano
fazem alguma compra. A média
de livros vendidos por pessoa
chega a 5,3 volumes.
Esses números animam os empresários do setor, que vendem os
livros ao preço médio de R$ 13,80
cada exemplar. Entre as obras, há
publicações infantis pelo valor de
R$ 2, o que tem causado congestionamentos de crianças em muitos estandes - 200 mil inscrições
de alunos foram feitas pelas redes
pública e privada de ensino.
Raridades
A professora universitária Cássia Pereira, 32, andou por quase
duas horas e encontrou "Da Alma", do filósofo grego Aristóteles.
Ela achou a obra, cuja edição brasileira, da década de 80, está esgotada, no estande da editora portuguesa Edições 70.
Como Cássia, parte do público
da bienal procura livros que são
raridades nas livrarias. "É em
eventos grandes como esse que as
editoras aproveitam para expor
todo o seu catálogo. Isso é uma
festa para quem realmente gosta
de ler", afirma Paulo Rocco, presidente do Snel.
A editora Rocco, comandada
por Paulo, levou para a bienal cerca de 1.500 títulos, número semelhante ao da Ática, que em seu estande apresenta "A Forma Difícil", de Rodrigo Naves, interessante livro de ensaios sobre as artes plásticas brasileiras, cuja primeira edição é de 1996.
Outra potência entre as editoras, a Ediouro dispôs na bienal
parte dos seus 3.500 títulos, entre
eles o relançamento de clássicos
como "Mitologia - História de
Deuses e Heróis", de Thomas Bulfinch, e a "Ilíada", de Homero.
Há também atrações de empresas menores, como a Editora 34,
que traz os três volumes de "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, pelo preço atraente de R$ 30.
Em um dos grandes estandes da
feira, o Senado Federal mostra
produções de sua gráfica, como o
livro "Da Propaganda à Presidência" (em parceria com a Universidade de Brasília), em que o presidente Campos Sales narra, em
1908, sua trajetória política e mostra a construção do pacto que deu
sustentação à República Velha
O colecionador Sergio Fridman,
especializado em livros antigos
sobre a vida carioca, destaca a reedição feita pelo Senado de "O Rio
de Janeiro como É (1824-1826)",
de C. Schlichthorst, que foi tenente do batalhão de granadeiros alemães do Exército de d. Pedro 1º.
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